segunda-feira, abril 14, 2025
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Governo confirma Pedro Lucas como ministro das Comunicações

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) para chefiar o Ministério das Comunicações. A confirmação por parte do governo se deu na noite desta quinta-feira, 10.

A nomeação ocorreu em decorrência do pedido de demissão de Juscelino Filho, correligionário de Pedro Lucas. O agora ex-ministro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por envolvimento em suposto esquema de desvio de emendas parlamentares.

No Congresso, Pedro Lucas é visto como articulador nos bastidores. Embora tenha liderado bancadas, evita protagonismo em plenário, deixando a condução de matérias para outros parlamentares. Liderou o PTB de 2019 a 2021 e, atualmente, comanda a bancada do União Brasil. Mantinha relação próxima com Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara.

O parlamentar do Maranhão viajou ao Japão com Lula e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

União Brasil entre os ministérios

Pedro Lucas integrou a base do governo Jair Bolsonaro, de 2019 a 2022. Hoje, vota de acordo com as orientações do governo Lula. Embora pertença à ala do União Brasil que apoia o Planalto, mantém laços estreitos com Antônio Rueda, presidente da sigla e oposicionista declarado da gestão petista. Rueda é apontado como responsável por sua ascensão recente.

No Maranhão, o União Brasil vive uma divisão. De um lado, Pedro Lucas; de outro, Juscelino Filho. Ambos disputam protagonismo no Estado nordestino.

DF - JUSCELINO FILHO/PGR/INDICIAMENTO/ARQUIVO - POLÍTICA - Foto de arquivo de 23/05/2023 do   ministro das Comunicações, Juscelino    Filho, durante cerimônia de posse na   Presidência da Telebras, na sede da   pasta em Brasília (DF). A Procuradoria-  Geral da República (PGR) denunciou o   ministro nesta terça-feira, 8 de abril   de 2025, por suspeita de envolvimento   em um esquema de desvio de emendas   quando ele era deputado federal. Agora   cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF)   decidir se aceita ou não a denúncia   apresentada pelo procurador-geral da   República, Paulo Gonet.     23/05/2023 - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Juscelino Filho deixou o primeiro escalão do governo Lula | Wilton Júnior/Estadão Conteúdo

Crise ministerial expõe rachaduras no governo Lula

A crise ministerial que se aprofunda no governo Lula escancara o avanço do aparelhamento do Estado e a fragilidade da coalizão montada pelo Planalto.

A gestão petista cede cargos em troca de apoio parlamentar, mas não consegue estabilidade. Os partidos que compõem a base cobram mais espaço e entregam pouco. O União Brasil, maior exemplo dessa contradição, virou símbolo da tensão.

O partido foi mencionado pelo líder do Partido Liberal na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ) como relevante nas articulações pela anistia aos presos do 8 de janeiro, pauta mais temida pelo governo Lula.

Pedro Lucas tem Dino como padrinho político

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, é tido como padrinho político de Lucas. Enquanto governador do Maranhão, o hoje magistrado deu cargo para o mais novo ministro de Estado.

Pedro Lucas foi uma espécie de secretário de Dino na administração maranhense. Ele presidiu a Agência Executiva Metropolitana, responsável por mobilidade, coleta de lixo e saneamento.

“Jovem, ele foi nomeado para esse posto quando era vereador de São Luís”, lembrou Silvio Navarro, em texto para a coluna No Ponto. “Dino é seu padrinho político no Estado, embora o pai, Pedro Fernandes, também tenha exercido mandato de deputado.”

Deputado Pedro Lucas (MA)
Deputado Pedro Lucas [esquerda], agora ministro, ao lado de Flávio Dino I Reprodução Redes sociais

Via Revista Oeste

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