domingo, setembro 29, 2024
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governadores da Amazônia cobram ajuda de Lula

Representantes dos nove Estados da Amazônia Legal cobraram ajuda por parte do governo Lula para enfrentar as queimadas recordes na região, que já têm 59 mil focos desde o início do ano, o maior número em 17 anos.

As chamas são causadas pela estiagem que atinge grande parte do país e já trouxe fumaça para as regiões Sul e Sudeste. Na quarta-feira 21, os governantes se reuniram com ministros como Rui Costa (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) para discutir soluções.

Foi destacada a necessidade de proibir o uso do fogo para manejo da terra e intensificar a fiscalização, especialmente em áreas próximas a rodovias entre Porto Velho (RO), sul do Amazonas e Novo Progresso (PA). A ministra Marina Silva informou que o governo está monitorando os municípios que mais desmatam e afirmou que a maioria dos incêndios é causada por ação humana.

O governador Wilson Lima (União-AM) pediu maior coordenação entre os governos para lidar com os impactos da seca. Ele ressaltou que as ações devem ser integradas para serem eficazes.

O governo alega que está operando 178 frentes de combate a incêndios na Amazônia, com quase 1,5 mil brigadistas, e criou três frentes interfederativas para lidar com novos focos de calor. Agências como Polícia Federal, Ibama, Incra e ICMBio estão envolvidas na aplicação de sanções e responsabilização dos envolvidos.

Além do combate ao fogo, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) liberou R$ 13,4 milhões para o Pantanal e R$ 11,7 milhões para a Amazônia, para defesa civil e assistência humanitária.

Fumaça de queimadas na Amazônia e no Pantanal deve persistir nos próximos dias

A fumaça de um incêndio sobe no ar no Pantanal, a maior área úmida do mundo, em Corumbá, estado de Mato Grosso do Sul, Brasil (12/06/24) | Foto: Reuters/Ueslei Marcelino

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a fumaça resultante das queimadas na Amazônia e no Pantanal deve continuar densa nos próximos dias.

Imagens de satélite do Instituto de Cooperação para a Pesquisa na Atmosfera, em parceria com a Universidade Estadual do Colorado e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, dos Estados Unidos, mostram áreas de Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul cobertas pela fumaça desde a semana passada.

Segundo o meteorologista Heráclio Alves, do Inmet, a fumaça se concentra principalmente, na área do Amazonas, de Rondônia e de Mato Grosso. “Essas regiões estão com temperatura muito alta, varia entre 38°C e 41°C, com umidade abaixo dos 30%, pontualmente até abaixo dos 15%”, explicou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

O tempo quente e seco facilita o surgimento de novos incêndios e intensifica os já existentes. Além disso, ventos fortes, comuns na época, ajudam a espalhar os focos e a fumaça.

Tanto a Amazônia quanto o Pantanal têm registrado um aumento nos focos de incêndio. Na floresta, os números são os piores em duas décadas.

No Pantanal, a temporada de fogo começou mais cedo, e os focos de incêndio aumentaram 1.593% de janeiro até 1º de agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Via Revista Oeste

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