domingo, julho 7, 2024
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Google homenageia artista nipo-brasileira nesta terça-feira

O “doodle” desta terça-feira (21) comemora o que seria o 110º aniversário da artista nipo-brasileira Tomie Ohtake, conhecida por suas elaboradas pinturas abstratas usando cores primárias. A ilustração do letreiro do Google, que será exibida nas páginas do mecanismo de busca ao longo do dia, é de Michelle Kumata, artista que mora em Seattle (EUA).

Para quem tem pressa:

  • O doodle do Google desta terça-feira (21) celebra o que seria o 110º aniversário da artista nipo-brasileira Tomie Ohtake;
  • A ilustração do letreiro, exibida no mecanismo de busca ao longo do dia, foi feita por Michelle Kumata, uma artista que mora em Seattle (EUA);
  • Nascida em 21 de novembro de 1913, no Japão, Tomie começou sua carreira artística aos 40 anos, destacando-se por pinturas abstratas com geometria imperfeita e vibrante;
  • Ohtake adotou uma abordagem manual numa época em que muitos artistas preferiam precisão, sendo reconhecida por suas formas indefinidas e inovadoras;
  • Ao longo de sua carreira, Tomie realizou exposições individuais e coletivas, recebeu prêmios, criou instalações públicas em São Paulo (SP) e continuou a criar até os 100 anos. Ela faleceu em 2015, aos 101 anos.

Tomie Ohtake provou que nunca é tarde para encontrar sua paixão e se destacar nela. Isso porque a carreira de Ohtake pode ter começado aos 40 anos, mas seu trabalho alcançou tal nível a ponto de ser considerado atemporal.

Carreira da artista nipo-brasileira no ‘doodle’ de hoje

Página do Google em homenagem à artista nipo-brasileira Tomie Ohtake
(Imagem: Reprodução/Google)

Tomie nasceu no dia 21 de novembro de 1913, em Kioto, no Japão. Em 1936, ela visitou o irmão no Brasil. Depois que o Japão se envolveu na Segunda Guerra Mundial, a artista não conseguiu voltar para casa. Então, ela se estabeleceu no Brasil com sua família. Quase 15 anos depois, ela fez uma visita ao estúdio de um artista japonês, que a inspirou a tentar pintar.

Em 1957, Tomie realizou sua primeira exposição no Salão Nacional de Arte Moderna. Enquanto muitos artistas da época adotavam uma abordagem rígida e precisa, Ohtake fazia tudo manualmente. Sua arte também é reconhecida pela “geometria imperfeita” na tela. Essas formas vibrantes e indefinidas começaram a ser consideradas tão bonitas quanto inovadoras.

Na década seguinte, Ohtake realizou diversas exposições individuais, que ganharam diversos prêmios de Salões de Arte Brasileiros. Voltou sua atenção para a arte pública, onde criou instalações de grande porte para cidades como Guarulhos (SP) e Tóquio, no Japão.

Página do Google com obras de arte de Tomie Ohtake
(Imagem: Reprodução/Google)

Em São Paulo (SP), Ohtake fez duas peças icônicas: uma série de murais em mosaico na estação Consolação do metrô da cidade e uma escultura em forma de onda em homenagem aos japoneses que imigraram para o Brasil.

A carreira de Ohtake é repleta de experimentações artísticas. Ela criou prêmios para uma corrida de Fórmula 1 e um festival de cinema, desenhou ilustrações de livros e até desenhou um set de filmagem. E ela nunca parou de criar. Aos 100 anos, ela pintou quase 30 peças novas.

Tomie Ohtake teve 120 exposições individuais de seu trabalho, 400 coletivas e 28 prêmios. Em 1988, Ohtake recebeu a Ordem do Rio Branco por sua escultura em forma de onda. Ela serviu como embaixadora informal das artes no Brasil e ainda serve de inspiração para pintores e amantes da arte em todos os lugares.

A artista morreu em 12 de fevereiro de 2015, aos 101 anos, em São Paulo (SP). Tomie faleceu no Hospital Sírio-Libanês, em decorrência de choque séptico causado por uma broncopneumonia.

Via Olhar Digital

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