O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, publicou nesta segunda-feira, 9, uma mensagem no Twitter/X em que reforça seu apoio a Edmundo González, candidato da oposição que disputou as eleições na Venezuela em 28 de julho. Conforme contagem feita com base em atas coletadas pela oposição, González foi o vencedor do pleito, mas a ditadura de Nicolás Maduro proclamou o ditador reeleito.
Blinken afirmou que o povo venezuelano votou pela mudança. Acrescentou que a repressão pós-eleitoral de Maduro “matou ou prendeu milhares de pessoas, e o candidato vencedor, Edmundo González, continua a ser a melhor esperança para a democracia”.
Segundo ele, é inadmissível que o ditador Nicolás Maduro e os seus representantes tomem o poder pela força. “A vontade do povo deve ser respeitada.”
González fica na Espanha
González desembarcou na Espanha no último domingo, 8, depois de buscar e conseguir asilo político no país europeu. Segundo ele, houve perseguição por parte do governo ditador.
Os promotores venezuelanos emitiram um mandado de prisão para González depois que ele não compareceu a três audiências em uma investigação sobre a divulgação de documentos eleitorais.
De acordo com cálculos da oposição, Edmundo González venceu a eleição em 28 de julho. O resultado diverge do que afirma o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, órgão subordinado a Maduro.
Ex-candidato foi ajudado por holandeses
González passou os últimos dias refugiando-se em embaixadas estrangeiras antes de deixar a Venezuela. Primeiro abrigou-se na representação holandesa. Depois, na residência oficial do embaixador espanhol na Venezuela.
O opositor a Maduro chegou a Madri na manhã de domingo, no voo de uma companhia aérea espanhola. Promotores venezuelanos afirmaram que a saída de González do país resultará no encerramento do processo contra ele.
Ao desembarcar em Madri, o ex-candidato divulgou um áudio em que agradece à população pelos votos de solidariedade. No discurso, o político afirma que saiu da Venezuela “cercado por episódios de coerção e ameaça para não me deixar sair”.
Além dos Estados Unidos, Espanha e União Europeia não reconheceram o resultado oficial das eleições na Venezuela, que declararam Maduro vencedor. Na América do Sul, outros países assumiram a mesma posição, como Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile.