quinta-feira, outubro 3, 2024
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Golpista brasileiro entra para difusão vermelha da Interpol

Um brasileiro, líder de uma organização criminosa voltada à aplicação do chamado golpe do falso site de leilão de carros, entrou para a difusão vermelha da Interpol nesta sexta-feira, 24. Lucas Simões deixou o país sozinho durante uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em que resultou na prisão de sua mulher, em abril.

Segundo o delegado Erick Sallum, da 9ª Delegacia de Polícia, Lucas Simões deixou o país e buscou refúgio em Miami, nos Estados Unidos. Em rota de fuga há quase um mês, o investigador manteve contato com o serviço secreto americano para impedir que Lucas Simões siga impune.

“Agora conseguimos o mandado de prisão internacional, com seu nome em lista da Interpol. Ele pode ser capturado nos Estados Unidos ou em qualquer parte do planeta. Queremos extraditá-lo ao Brasil, onde tem contas a acertar com a Justiça”, destacou. 

O brasileiro Lucas Simões entrou para a chamada difusão vermelha, a red notice, da Interpol. Trata-se de meio jurídico pelo qual um mandado de prisão preventiva expedido pelo Brasil pode ser cumprido em qualquer um dos 195 países membros. 

“A difusão vermelha da Interpol demanda a satisfação de uma série de condições estabelecidas em tratados internacionais, sendo uma medida excepcional de difícil obtenção e só publicada após a verificação de sua conformidade pelo escritório central da Interpol em Lyon, na França”, explicou Erick Sallum. 

lucas simoes lider organização criminosa de estelionato
Lucas Simões é líder de uma organização criminosa que mantinha um ‘escritório do crime’ em São Paulo, onde outros criminosos ‘trabalhavam’ para enganar vítimas com sites de falso leilão | Foto: Divulgação/PCDF

O delegado também destacou que obteve ordem judicial para apreensão cautelar do passaporte da mulher “desse criminoso que responde por envolvimento em lavagem de dinheiro, objetivando impedir que também fuja para o exterior e se junte ao seu marido.”

O estelionatário, que mantinha um “escritório do crime” em São Paulo e aplicou golpes fez pelo menos 71 vítimas na capital federal. Os prejuízos chegam a R$ 780 mil. “Com os bloqueios judiciais, conseguimos encontrar aproximadamente R$ 1,8 milhão nas contas dos envolvidos, o que permitirá o ressarcimento integral do prejuízo de todas as vítimas do DF”, afirmou Sallum. 

Via Revista Oeste

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