Um golpe de criptomoedas nos Estados Unidos deu prejuízo para um homem de Nebraska. Promotores federais acusaram o suspeito de ter conduzido um esquema de cryptojacking (usar sistemas alheios para mineirar criptomoeda) em dois servidores de nuvem. No entanto, os US$ 3,5 milhões gastos na atividade sequer compensar e renderam apenas cerca US$ 1 milhão.
Charles O. Parks III, um homem de 45 anos de Omaha, Nebraska, foi preso na última sexta-feira (12) acusado no Tribunal Distrital dos EUA de fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e envolvimento em transações monetárias ilegais.
Ele teria fraudado dois sistemas em nuvem para conduzir um esquema de cryptojacking, quando um golpista usa um computador de uma vítima para mineiras criptomoedas sem que ela saiba.
Segundo os promotores, Parks teria fraudado dois serviços de computação em nuvem usando recursos avaliados em mais de US$ 3,5 milhões para a prática (sem contar a geração de energia envolvida no processo).
No entanto, o golpe deu errado. O valor rendeu apenas cerca de US$ 1 milhão em criptomoedas.
Como o golpe foi feito
- Como reportou o Ars Technica, Parks usou identidades pessoais e comerciais para criar “numerosas contas” nos dois serviços de computação em nuvem. Isso o permitiu adquirir capacidade de processamento computacional gratuitamente;
- Então, ele enganou os provedores para que o concedessem serviços avançados sem necessidade de pagamento ou adiassem faturas, e não questionassem as atividades da conta;
- Essas contas não pagas e avançadas foram usadas para extrair criptomoedas como Ether, Litecoin e Monero sem que os usuários reais soubessem;
- Depois, o réu teria lavado o dinheiro digital por meio de aplicações em bolsas de criptomoedas, provedores de pagamentos online e contas bancárias tradicionais;
- Quando os rendimentos foram convertidas em dólares, ele supostamente comprou um carro da Mercedes-Benz e joias, e alugou quartos em hotéis de luxo.
Acusação pela lavagem de criptomoedas
A acusação dos promotores alega que Parks usou cinco contas nos servidores, que não foram identificados pelo processo (o Ars Technica chuta que foram os sistemas em nuvem da Amazon, o Amazon Web Services, e da Microsoft, o Azure).
Se ele for condenado pelas acusações, poderá pegar até 30 anos de prisão.