A Gol Linhas Aéreas, atualmente em recuperação judicial nos Estados Unidos, sofreu um prejuízo de R$ 765 milhões no 3º trimestre de 2024. De acordo com o portal Poder360, a companhia registrou um prejuízo de R$ 544 milhões somente em agosto. Em julho, o resultado também foi negativo: R$ 221 milhões. Com dois terços do 3º trimestre já fechados, a empresa precisaria de um desempenho excepcional em setembro para reverter o prejuízo acumulado no período.
Os resultados financeiros negativos não são, contudo, uma exclusividade da Gol. A Azul, uma de suas principais concorrentes, reportou um déficit nas suas contas de R$ 3,8 bilhões no 2º trimestre deste ano.
A companhia atribuiu esse resultado principalmente às operações reduzidas no Rio Grande do Sul por causa das enchentes que atingiram o Estado em abril e maio. A Azul também culpou a desvalorização do real.
Depois da divulgação de seus resultados negativos, a empresa iniciou um processo de renegociação de suas dívidas com credores internacionais, especialmente os “lessores” — empresas que compram aeronaves e as arrendam para companhias aéreas.
O CEO da Azul afirmou que as negociações ocorrem em “tom amigável”. Disse ainda que a empresa não pretende usar recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) nessa mesa de negociação, mas sim para a modernização de sua frota.
Aquisição da Gol para tentar sanar prejuízo
Apesar dos desafios financeiros, a Azul tem mantido conversas para uma possível aquisição da Gol. Em julho, as duas companhias começaram a vender rotas no modelo de codeshare. O método permite aos passageiros comprar bilhetes para 40 trajetos nos sites de ambas as empresas.
Latam anda segue com bons resultados
Por outro lado, a Latam se destaca no mercado aéreo com resultados positivos. No segundo trimestre de 2024, a companhia reportou um lucro líquido de US$ 146 milhões (quase R$ 800 milhões).
De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Latam foi a companhia aérea que mais movimentou passageiros em julho e agosto. Com isso, ela passou a ser a principal transportadora do mercado brasileiro no 3ª trimestre.