Alerta: o texto a seguir contém spoilers do filme “Gladiador 2”
“O que fazemos em vida ecoa na eternidade”. A emblemática frase de Maximus (Russell Crowe) na cena inicial de “Gladiador” (2000) é o guia da sequência, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (14).
Ambientado 16 anos depois do primeiro filme, “Gladiador 2” traz a própria história para as telonas, explorando e apresentado novos personagens, enquanto tenta honrar e resgatar a memória do original.
A CNN já assistiu ao filme e elenca abaixo os principais pontos do épico de Ridley Scott. Veja o que esperar da aguardada continuação do premiado título de 2000.
Assim como o primeiro filme, “Gladiador 2” começa com uma batalha épica – bem descrita pelo protagonista Paul Mescal como “absurdamente insana“. Os primeiros minutos já demonstram a grandiosidade que o público vai acompanhar nas próximas duas horas – uma imersão visual e sonora que merece ser vista na maior tela possível.
A trama é centrada em Lucius (Paul Mescal), filho de Lucilla (Connie Nielsen), que se torna o herdeiro legítimo do trono após a morte de Commodus (Joaquin Phoenix). Ainda criança, a mãe o mandou para uma região na norte África chamada Numíbia, onde cresceu e passou a viver como um bárbaro.
O protagonista é levado à força para Roma após a região ser conquistada por um exército do Império Romano liderado por Marcus Acacius (Pedro Pascal). Ele chama atenção do mercenário Macrinus (Denzel Washington) e se torna a maior aposta do “senhor dos gladiadores”, liderando um grupo nos jogos no Coliseu.
Na arena onde viu Maximus e Commodus morrer, Lucius tem uma grande revelação de seu passado enquanto luta para sobreviver. Do lado de fora, Lucilla, Marcus Acacius e os senadores planejam um golpe nos imperadores Geta e Caracalla. Quem também faz sua articulação dentro e fora do Coliseu é Macrinus.
O filme explora mais histórias além da principal, ampliando as nuances da trama, diferentemente do primeiro filme, que foca exclusivamente na trama principal. Elas dão mais camadas à história e aos personagens.
Lucius tem um arco parecido com o de Maximus, mas consegue sair da sombra do pai, contando sua própria história – já destacado por Denzel que Mescal cria “seu próprio gladiador“. Ele é mais animalesco e menos sofisticado que o gladiador de Crowe, mas tão raivoso e silencioso quanto o herói romano.
O ator irlandês indicado ao Oscar apresenta uma nova camada em “Gladiador 2”, diferente da que os fãs estão acostumadas a ver em seus dramas como “Pessoas Normais” e “Aftersun” e apresentado-se para um novo público.
O destaque do filme, no entanto, é Denzel Washington, com um antagonista assertivo, complexo e magnético. Apesar de no papel ser coadjuvante, o personagem tem tanta relevância – e tempo de tela – quanto o protagonista. Macrinus é ambicioso e inteligente e vai além de um vilão caricato.
Connie Nielsen tem sua função na trama, mas serve mais como um elo entre o primeiro e segundo filme. Flashbacks, referências e menções ao original são constantes ao longo da trama, resgatando a memória do filme que levou cinco estatuetas no Oscar em 2001.
O resgate ao primeiro filme não acontece só nas memórias, mas também na grandiosidade da produção. Ridley Scott e Russell Crowe já falaram que algumas das ideias colocadas em prática em “Gladiador 2” foram pensadas décadas atrás, mas, à época, não eram viáveis. Agora, “Gladiador 2” explora mais a Roma Antiga, enche o Coliseu de água e coloca humanos para lutar contra animais.
Assista ao trailer de “Gladiador 2”
Paul Mescal sobre “Gladiador 2”: “Um dos momentos mais marcantes da minha vida”