sexta-feira, novembro 22, 2024
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Giorgia Meloni critica ‘loucura ideológica’ das políticas ambientais da União Europeia

Em um discurso no Parlamento italiano na quarta-feira 26, a primeira-ministra, Giorgia Meloni, criticou duramente as políticas ambientais da União Europeia, que são ideologicamente motivadas e causam prejuízos econômicos e sociais. 

“Como já disse muitas vezes, somos os primeiros defensores da natureza, mas queremos defendê-la com o homem dentro”, começou Meloni. “Nos últimos anos, no entanto, muitas vezes tem sido feito exatamente o oposto: as atividades humanas têm sido muitas vezes consideradas prejudiciais para a natureza e a perspectiva ‘verde’ tem sido prosseguida mesmo ao custo de sacrificar cadeias produtivas e industriais inteiras, como a automóvel.”

Segundo ela, “ninguém nunca negou que os veículos elétricos possam fazer parte da solução para a descarbonização dos transportes, mas não faz sentido a autoimposição de uma proibição da produção de automóveis a diesel e a gasolina a partir de 2035 e condenar-se efetivamente a novas dependências estratégicas, como o elétrico chinês”. 

Segundo a primeira-ministra, o argumento no sentido contrário, de proibir os veículos com combustíveis fósseis, “foi simplesmente uma loucura ideológica, que trabalharemos para corrigir”. 

Giorgia Meloni disse que pretende “seguir o caminho” da “redução das emissões poluentes”, “mas com bom senso e concretude, explorando todas as tecnologias disponíveis sem prejudicar a sustentabilidade econômica e social, defendendo e potenciando assim a produção europeia e salvaguardando dezenas de milhares de empregos”.

Ela prometeu “rever as regras mais ideológicas do Acordo Verde (Green Deal) e garantir a neutralidade tecnológica”. 

Giorgia Meloni prometeu proteção a agricultores

A primeira-ministra italiana também prometeu respeito aos agricultores: “É também uma prioridade para este Governo devolver às instituições europeias o devido respeito pelos homens e mulheres que viveram e trabalharam na natureza durante gerações. Tal como fizemos muitas vezes no Conselho Europeu. Refiro-me aos agricultores, aos criadores, aos pescadores, enfim, àqueles que com o seu trabalho garantem a sobrevivência alimentar das populações, mas também a preciosa manutenção da própria natureza em que se inserem”. 

Ela criticou as “medidas regulatórias furiosamente ideológicas” que impactaram a vida dessas pessoas. “Demasiadas vezes, nos últimos anos, esses empresários foram atingidos por medidas regulatórias furiosamente ideológicas, e só a iminência das últimas eleições europeias, juntamente com a ação decisiva do nosso governo, permitiu um primeiro repensar, embora insuficiente, relativamente aos erros cometidos contra eles ferir. Erros que não devem ser repetidos”, declarou.

Em um trecho do discurso, ela voltou a salientar que “a União Europeia transformou-se progressivamente — como já denunciamos muitas vezes — numa espécie de gigante burocrático”. “E como se isso não bastasse, muitas vezes foram acrescentadas escolhas ideológicas à burocracia e a combinação das duas coisas, burocracia e ideologia, construiu boa parte da distância que existe hoje entre os cidadãos e as instituições comunitárias”, acentuou.

Via Revista Oeste

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