Os gastos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com viagens se aproximam dos R$ 700 milhões em 2024. Até o mês de junho, as despesas somaram o valor de R$ 697 milhões, de acordo com o site Diário do Poder, a partir de dados do Portal da Transparência.
Desse total, R$ 427 milhões foram destinados ao pagamento de diárias dos funcionários, enquanto as passagens custaram R$ 266,5 milhões aos pagadores de impostos.
Durante todo o ano de 2021, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro gastou R$ 211,5 milhões em passagens aéreas e R$ 430 milhões em diárias de servidores. Comparado a este ano, os gastos do presidente Lula representam um aumento considerável.
Lula pode ter gastado ainda mais
Os gastos do atual governo, no entanto, podem ser ainda maiores, visto que as despesas de viagens em aeronaves da Força Aérea Brasileira são protegidas por sigilo e não estão incluídas nessas contas.
Em 2023, no primeiro ano do terceiro mandato de Lula, os gastos do governo federal com viagens alcançaram um recorde histórico — ultrapassaram os R$2,3 bilhões.
O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga afirmou, em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes e do BandNews TV, estar chocado com o aumento dos gastos do governo em oito pontos percentuais do Produto Interno Bruto.
Enquanto os gastos com viagens aumentam, investimentos públicos caem
Enquanto isso, os investimentos públicos caíram de 5% para 2%. “Isso desmascara a malandragem do governo Lula de confundir gastos com investimentos”, criticou Fraga.
O ex-presidente do Banco Central recomendou o livro O país dos privilégios, de Bruno Carazza, que expõe as regalias e privilégios nas altas carreiras dos Três Poderes.
Segundo o autor, a força política dos “donos do poder” impede uma reforma administrativa que poderia conter esses privilégios.
Na mesma entrevista, Fraga disse estar “perplexo” com a hostilidade de Lula ao Banco Central. Ele considerou as decisões do órgão como “corretas”.