domingo, junho 30, 2024
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Gases estufa estão diminuindo mais rápido do que esperado

Um estudo publicado neste mês revelou vitória global contra as mudanças climáticas: os esforços para proteger a camada de ozônio deram certo e os gases causadores do efeito estufa estão diminuindo mais rápido do que esperado.

Imagina-se uma eliminação total do uso de algumas das substâncias já nas próximas décadas, mas o desaparecimento pode levar centenas de anos.

Luta contra os gases estufa começou na década de 1980

Os esforços internacionais contra os gases estufa começaram em 1987, quando o Protocolo de Montreal foi assinado. A medida previa a eliminação gradual de substâncias que degradam a camada de ozônio.

Os principais são os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e os clorofluorocarboneto (CFCs), presentes em ares-condicionados, aerossóis e sistemas de refrigeração. Enquanto os CFCs foram eliminados em 2010, os HCFCs não, atingindo pico de concentração em 2021. A expectativa é que eles sejam completamente eliminados até 2040.

Expectativa era que gases estufa demorassem até centenas de anos para desaparecer (Imagem: DesignRage/Shutterstock)

Diminuição dos gases é sucesso na luta contra mudanças climáticas

O estudo, publicado na Nature Climate Change, examinou os níveis dos gases estufa na atmosfera a partir de dados do Advanced Global Atmospheric Gases Experiment e da Administração Nacional Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos.

A observação revelou que os gases nocivos estão diminuindo mais rapidamente do que esperado. À Agence France-Presse (AFP), o autor principal, Luke Western, da Universidade de Briston (Reino Unido), descreveu o feito como “enorme sucesso global” e indica que as ações estão “indo na direção certa”.

O pesquisador atribuiu o sucesso ao Protocolo de Montreal e às regulações rigorosas sobre o uso dos gases estufa, incluindo proibições.

O declínio de ambos os gases não só protege a camada de ozônio, mas diminui, consequentemente, o aquecimento global e o efeito das mudanças climáticas.

Ilustração do buraco na camada de ozônio sobre a Antártica; primeiros registros dele são da década de 1980 (Imagem: Reprodução/ESA)

Expectativa era que gases estufa demorassem mais para se decompor

  • Western ainda explicou que a expectativa é que os gases estufa demorassem mais para desaparecer;
  • A previsão era que os CFCs, eliminados há mais de uma década, ficassem anos na atmosfera, enquanto os HCFCs têm vida útil de duas décadas;
  • Ou seja, mesmo depois de eliminados, os gases ainda estarão na atmosfera prejudicando a camada de ozônio;
  • Como lembrou o ScienceAlert, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente estimou, no ano passado, que poderia levar até quatro décadas para que a camada de ozônio se recuperasse a níveis anteriores ao buraco detectado na década de 1980.

Via Olhar Digital

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