sexta-feira, julho 5, 2024
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Furto de energia elétrica atinge níveis recordes no Brasil em 2023

O volume de energia elétrica furtada no Brasil, em 2023, bateu recorde e ultrapassou a produção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Enquanto a usina gera 4.418 MW médios, a energia furtada somou 4.655 MW médios. O levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) foi divulgado na segunda-feira 10, pelo jornal Folha de S.Paulo.

Se fosse considerada uma usina, a “usina gato” seria a segunda maior do Brasil. Esses “gatos” representam 60% do fornecimento da Itaipu ao mercado brasileiro. Os dados da Abradee tiveram como base informações da Aneel.

O Amazonas lidera em perdas não técnicas, com a energia elétrica furtada que supera a cobrada, representando 117,8% do total fornecido. No Sudeste, o Rio de Janeiro aparece com 11,27 milhões de MWh furtados em 2023, seguido por São Paulo, com 6,98 milhões de MWh. A região somou 20 milhões de MWh de energia furtada. Entre 2012 e 2022, as perdas não técnicas no Sudeste representaram 46,04% do total nacional.

Furto de energia elétrica cresceu 20% em 2023

A quantidade de energia furtada em 2023 chegou a 40,78 TWh, 20% a mais que os 34,15 TWh de 2022. Em 15 anos, o total acumulado supera 500 TWh. A Região Norte é a mais afetada, com quase metade (46,2%) da energia de baixa tensão fornecida sendo furtada em 2023.

O furto de energia ocorre quando há uma ligação clandestina para desviar a eletricidade sem pagar as concessionárias. Essa prática ilegal sobrecarrega as redes elétricas, aumenta a conta de luz e pode causar curtos-circuitos ou incêndios.

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“Os consumidores mais pobres são mais impactados pelo aumento da conta de luz”, informou a Abradee, em nota. “Que tem, entre outros fatores, o peso dos altos índices de furto de energia registrados sobretudo em alguns Estados do país.”

Furtar energia elétrica é crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de um a quatro anos de reclusão. Segundo a Abradee, as distribuidoras “não são capazes de reduzir o furto de energia sozinhas em áreas de alta periculosidade”. Um levantamento de maio de 2023 mostrou que, no Rio de Janeiro, áreas dominadas pela milícia são as mais afetadas.

Via Revista Oeste

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