O funeral de Ismail Haniyeh, chefe do grupo terrorista Hamas, foi realizado em Teerã, capital iraniana, nesta quinta-feira, 1º, com protestos e promessas de vingança a Israel. Ele morreu em um ataque aéreo nesta quarta-feira, 31, em Teerã, onde estava para a posse do novo presidente do Irã.
Uma grande multidão acompanhou o cortejo fúnebre de Haniyeh e de um de seus guarda-costas, também morto no ataque. Com bandeiras do Irã e da Palestina e fotos do líder do Hamas, milhares pediram vingança. “Perseguiremos Israel até arrancá-lo da terra da Palestina”, afirmou Khalil Al Hayya, ministro das Relações Exteriores do Hamas.
O funeral começou na Universidade de Teerã, com o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, rezando sobre o caixão de Haniyeh. O novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, também prometeu vingança. O Irã declarou luto oficial de três dias e anunciou que o funeral seria público. O país fechou o espaço aéreo local durante seis horas.
A televisão iraniana mostrou os caixões sendo levados em um caminhão até a Praça Azadi. Depois do funeral, os restos mortais serão transferidos para Doha, no Catar, onde Haniyeh será enterrado nesta sexta-feira, 2.
No mesmo dia, Israel anunciou a morte de Mohamed Deif, chefe do braço militar do Hamas. O terrorista comandava a brigada Al-Qassam e foi um dos arquitetos da invasão a Israel em outubro de 2023. O país judeu não assumiu a autoria da morte de Haniyeh, mas o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirmou que os israelenses deram “golpes esmagadores” em aliados do Irã.
O aiatolá Ali Khamenei prometeu uma “punição severa” para Israel. Masoud Pezeshkian criticou a ação em território iraniano e afirmou que “Israel se arrependerá pelo assassinato covarde”. Netanyahu disse que Israel cobrará um preço alto por qualquer agressão.
Israel não comenta morte de chefe do Hamas
O porta-voz do governo israelense não comentou a morte de Haniyeh, mas alertou para possíveis retaliações do Irã. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou que Israel está preparado para todas as possibilidades, apesar de não querer guerra.
As tensões entre Israel e Irã aumentaram nos últimos meses, com batalhas contra grupos terroristas aliados ao Irã, como Hamas e Hezbollah. Em abril, as facções dispararam mais de 300 mísseis contra Israel em retaliação ao assassinato de um comandante da Guarda Revolucionária iraniana, na Síria.
O comandante da Força Aérea de Israel, major-general Tomer Bar, afirmou que aeronaves estão “prontas e preparadas em questão de minutos para qualquer cenário”.
“Agiremos contra qualquer um que planeje causar danos aos cidadãos do Estado de Israel”, disse Bar.