O fundo Mubadala pretende criar uma nova bolsa de valores no Brasil. O grupo de investidores está sob o comando da família real do Abu Dhabi, dos Emirados Árabes Unidos.
A ideia é rivalizar com a B3 — em operação hoje no Brasil, é a maior do segmento em todo a América Latina. Oscar Fahlgren presidente das operações do Mubadala no país confirmou o projeto em entrevista ao jornal Financial Times em entrevista concedida no último domingo, 5.
“O Brasil é um país muito grande, possui apenas uma bolsa de valores e acho que essa é uma infraestrutura abaixo do ideal para os players que operam neste segmento”, disse Fahlgren. De acordo com o executivo, o novo mercado pode começar a operar no próximo ano com ações e nenhum ativo está fora de questão.
Mubadala no Brasil
O apetite do Mubadala pelo Brasil não se restringe a uma nova bolsa. O fundo possui diversos ativos no país. Na lista estão, por exemplo, participações na Prumo Logística, no Porto do Sudeste e no conjunto de rodovias Rota das Bandeiras.
Além disso, o fundo detém a maior parte das ações da Zamp, companhia que controla as as lanchonetes Burger King e Popeyes no Brasil, é dono da empresa responsável por organizar o Grande Prêmio de Fórmula 1 de São Paulo e é proprietário da Acelen — uma empresa especializada no refino de petróleo na Bahia na qual o grupo anunciou um investimento bilionário para produzir biocombustíveis.