Cofundador da Natura, Guilherme Leal doou parte de suas ações da empresa para seus filhos. Agora, ele reduziu sua participação de 7,166% para 4,166%. A informação foi divulgada em um comunicado da Natura ao mercado.
Apesar da doação, Leal manterá a “reserva do usufruto vitalício” dos direitos políticos e econômicos associados às suas ações. Isso garante que não haverá mudanças no controle acionário ou na estrutura administrativa da empresa e preserva a mesma estabilidade organizacional.
Estima-se que a fortuna total de Guilherme Leal seja de mais de US$ 1 bilhão, cerca de R$ 5,83 bilhões, na cotação atual do dólar.
Movimentos de sucessão na Natura
No ano passado, o também fundador da Natura e copresidente do Conselho de Administração Luiz Seabra reduziu sua participação de 14,36% para 4,79%. Essa ação foi interpretada como uma antecipação do processo sucessório dentro da empresa.
O movimento de Seabra também ocorreu por meio da doação de ações ordinárias. Os beneficiários foram a sua mulher e seus filhos. Houve, ainda, a ”reserva do usufruto vitalício” da integralidade dos respectivos direitos políticos e econômicos do empreendedor.
Dessa forma, assim como no caso de Leal, a Natura não sofreu com alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa. Estima-se que a fortuna de Seabra seja de US$ 1,4 bilhão, cerca de R$ 8,162 bilhões.
A partir de uma única loja, em São Paulo, a Natura nasceu no ano de 1969. Hoje, é uma multinacional brasileira que tem presença em 37 países. Nos últimos anos, a empresa tem deixado de lado o crescimento acelerado e mantido o foco em países específicos. Ela deve se concentrar firmemente entre dez e 12 nações.