A fábrica da Renault em São José dos Pinhais, no Paraná, está com as atividades completamente interrompidas após os trabalhadores do local entrarem em greve. A paralisação começou nesta terça-feira e segue por tempo indeterminado.
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Motivos da greve
- O início da greve foi anunciado em função de um impasse envolvendo a negociação para o pagamento de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e o debate sobre o reajuste da categoria.
- Os funcionários da Horse, empresa que fabrica motores e funciona dentro da Renault, também paralisaram as atividades pelo mesmo motivo.
- Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), a fábrica da Renault tem cerca de 5 mil funcionários, divididos em dois turnos.
- No local são produzidos os modelos Oroch, Master, Kardian SUV, Kwid e Duster, com fabricação diária de 800 veículos.
- As informações são da Folha de São Paulo.
O que dizem as partes envolvidas
O SMC afirmou que defende uma definição no valor que será pago de PLR e que a montadora pague um reajuste que reponha a inflação, acrescido de um aumento real. De acordo com o sindicato, a Renault ofereceu pagar o valor em duas parcelas, sendo a primeira de R$ 18 mil, até 10 de maio, e a segunda com um valor ainda a ser discutido entre as partes.
No entanto, a entidade disse que rejeitou a proposta por ela não contemplar “as expectativas dos trabalhadores que ainda estão se recuperando das perdas salariais dos acordos anteriores”.
Em nota, a Renault disse ter sido surpreendida com a decisão e garantiu estar aberta ao diálogo. A empresa destacou que as negociações para a renovação do PPR e acordo coletivo de trabalho estavam em andamento, e não foi respeitado o prazo legal para aviso de greve.