O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) divulgou um vídeo, nesta quarta-feira, 20, que mostra quando uma funcionária da Petrobras critica o retorno ao trabalho presencial. A técnica de segurança Luciana Frontin lê uma carta, direcionada à diretoria-executiva da estatal, e afirma que a exigência está causando “estresse” e “ansiedade”.
“Só a ideia do impacto de voltar aos três dias de presencial já está me deixando preocupada, elevando meu nível de estresse, afetando minha saúde e minha produtividade”, disse a funcionária. “A antecipação dos cinco dias já está gerando ansiedade ao ponto de causar sintomas físicos, o que eu nunca senti em 17 anos de empresa.”
Assista ao vídeo:
Frontin critica a ampliação da jornada presencial de dois para três dias por semana e diz que a medida afeta sua saúde e produtividade. Ela defende a manutenção do modelo híbrido, com mais dias de trabalho em casa, e pede que qualquer mudança seja negociada com os trabalhadores.
“Preciso de um ambiente de trabalho que seja compatível com as minhas necessidades para continuar produzindo de maneira saudável”, continuou a funcionária da Petrobras, conforme a Sindipetro-RJ. “Para isso, preciso manter um pouco de autonomia para gerenciar meu tempo e conseguir priorizar os cuidados com minha saúde e minha família.”
A funcionária também menciona valores institucionais da Petrobras, que, segundo ela, incluem a preocupação com o bem-estar dos empregados.
Petrobras anunciou mudança em janeiro
A Petrobras anunciou em 9 de janeiro de 2025 que aumentaria a exigência de trabalho presencial de dois para três dias por semana, com exceção de pessoas com deficiência (PCDs) e pais de PCDs. Na semana seguinte ao anúncio, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) fez um protesto contra a mudança.
A federação alega que a decisão ocorreu sem negociação com entidades sindicais nem consulta à categoria. Já o departamento de recursos humanos da Petrobras diz que convocou a FUP para uma reunião sobre as mudanças, mas a entidade recusou.