Existe tanta fumaça sobre o Brasil que o fenômeno pôde ser avistado a mais de um milhão de quilômetros da Terra. Imagens do satélite Deep Space Climate Observatory (DSCOVR), da NASA, mostram o efeito das queimadas que afetam boa parte do país. Uma coluna de fumaça é observada se deslocando do noroeste ao litoral do sudeste brasileiro.
Satélite está localizado a 1,5 milhões de quilômetros da Terra
O satélite foi lançado pela NASA em 2015. Ele foi projetado para monitorar tanto o clima espacial quanto o ambiente da Terra e está localizado no ponto de Lagrange 1 (L1), a cerca de 1,5 milhões de quilômetros, entre o nosso planeta e o Sol. Este ponto está em equilíbrio gravitacional, permitindo que o equipamento mantenha uma posição estável para observações contínuas.
Equipado com uma variedade de instrumentos, o DSCOVR coleta dados essenciais sobre o ambiente espacial e o clima da Terra. O Magnetometer (MAG) e o Plasma Wave Instrument (PWI) medem o campo magnético e as partículas carregadas no vento solar, enquanto os instrumentos EPI-Hi e EPI-Lo monitoram as partículas energéticas.
Já a Earth Polychromatic Imaging Camera (EPIC) captura imagens detalhadas da Terra, fornecendo informações sobre a atmosfera e a superfície do planeta. Entre elas está o retrato das queimadas no Brasil.
Todas estas informações coletadas são fundamentais para monitorar mudanças climáticas, crescimento da vegetação e cobertura de nuvens, fornecendo dados valiosos sobre o ambiente terrestre. As informações são de O Globo.
Leia mais
As queimadas no Brasil
- O Brasil enfrenta uma severa seca, o que tem aumentado a chance de queimadas em diversas regiões do país.
- Diversas cidades já registram uma piora importante da qualidade do ar.
- Isso é resultado da fumaça que está se deslocando para o Sul do Brasil com os ventos.
- De acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram registrados 7028 focos de queimadas no país nos últimos dias.
- Em julho e agosto, o número bateu recorde em diversos locais, inclusive na Amazônia, onde o nível de chuva está abaixo do normal, afetando as bacias hidrográficas e deixando a vegetação ainda mais suscetível ao fogo.