quinta-feira, setembro 19, 2024
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Fumaça de incêndios recordes na Amazônia chega ao Sul

A fumaça provocada pelos incêndios recordes registrados na Amazônia nos últimos dias já chegou ao Sul do Brasil, conforme constataram a empresa de meteorologia MetSul e a Empresa de Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).

As condições meteorológicas criaram um corredor de ventos que transporta a fumaça ao longo de milhares de quilômetros, de norte a sul da América do Sul.

Fatores decisivos para o alastramento da fumaça:

  • O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou, por meio de satélites, 3.432 focos de calor na Amazônia entre as 21h de domingo 1 e as 21h de segunda-feira 2; e
  • Foi o pior dia de queimadas na Amazônia neste ano, superando os 3.224 focos de calor registrados no bioma em 30 de agosto.

Segundo a MetSul, a fumaça produzida por esses incêndios está sendo transportada para o Sul do Brasil por um corredor de vento a cerca de 1,5 mil metros de altitude, que tem origem no Sul da Amazônia e vai até o Rio Grande do Sul. A corrente transporta ar mais quente, causando aumento de temperatura na metade norte gaúcha.

Mapa do corredor de fumaça da Amazônia
Mapa do corredor de fumaça da Amazônia | Foto: Reprodução/Metsul

Empresa de SC constatou fumaça da Amazônia no Estado

Em Santa Catarina, o Epagri já constatou a presença de fumaça que, segundo as imagens de satélite, tem origem na Amazônia e de forma geral no Norte do país. O Estado catarinense enfrenta a fumaça  no céu desde o mês passado.

“Na segunda semana de agosto já detectamos fumaça vinda de Mato Grosso e de Minas Gerais”, conta a meteorologista do Epagri Marilene de Lima. “As condições meteorológicas dessa época favorecem, o sistema de alta pressão mantém a circulação dos ventos e traz a fumaça para cá”, afirma.

Segundo a meteorologista, a fumaça conduzida pelas correntes de vento deve continuar sobre os municípios catarinenses até a metade de setembro. “A expectativa é que, depois, as chuvas ajudem a dissipar a fumaça”, prevê.

A MetSul diz que a fumaça deve ficar em suspensão na atmosfera, sem prejudicar de forma significativa a qualidade do ar — isso pode eventualmente ocorrer no Rio Grande do Sul, prevê a empresa Por estar na atmosfera, a fumaça deixa o céu com tom mais acinzentado e aspecto fosco, e realça as cores do sol ao amanhecer e no fim da tarde.


Redação Oeste, com informações da Agência Estado

Via Revista Oeste

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