Arqueólogos em Mount Vernon, a antiga residência de George Washington nos Estados Unidos, fizeram uma descoberta notável: 35 garrafas de vidro do século XVIII, encontradas em cinco poços de armazenamento no porão da mansão do primeiro presidente dos Estados Unidos. Surpreendentemente, 29 dessas garrafas permanecem intactas e contêm frutas perfeitamente preservadas, incluindo cerejas e amoras, provavelmente groselhas ou cassis.
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Fruta conservada por 250 é descoberta sem precedentes
A descoberta é essencialmente sem precedentes. Os arqueólogos ficaram impressionados ao encontrar frutas que permaneceram frescas por mais de 250 anos. Algumas das garrafas continham pedaços inteiros de frutas, claramente identificáveis como cerejas. Outras guardavam o que parecem ser groselhas ou cassis, embora testes estejam em andamento para confirmar isso.
O Departamento de Agricultura dos EUA está conduzindo testes de DNA nas frutas, e mais de 50 caroços de cereja recuperados das garrafas estão sendo examinados para verificar se algum deles pode ser plantado. No entanto, devido à umidade, a viabilidade das sementes é incerta. Ainda assim, essa descoberta é notável e pode revelar informações sobre os métodos de preservação utilizados na época.
Os registros de Mount Vernon mostram que George e Martha Washington apreciavam cerejas, especialmente quando misturadas com brandy. Martha Washington tinha uma receita para um coquetel chamado “cherry bounce”, e George Washington mencionou que levou uma cantina de cherry bounce consigo em uma viagem pelos Alleghenies em 1784.
Essas cerejas, no entanto, provavelmente foram engarrafadas para serem consumidas simplesmente como frutas, refletindo um alto padrão de preservação. Escravos cuidavam das árvores e da cozinha da plantação, e a qualidade da preservação sugere um trabalho excepcional realizado por eles. A descoberta, além de curiosa e praticamente sem precedentes, também dá a historiadores um vislumbre da vida e dos gostos de George Washington e sua família.