quinta-feira, novembro 21, 2024
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Fraga diz levar ‘facada nas costas’ com portaria sobre armamento

Uma nova portaria sobre o armamento de policiais e bombeiros militares do Exército Brasileiro causou indignação na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara desta terça-feira, 21. A norma determina que os profissionais da ativa têm direito a quatro armas de fogo, sendo duas de uso restrito. Já os da reserva só poderão ter dois artefatos de uso permitido.

O presidente da comissão, deputado Alberto Fraga (PL-DF), afirmou que não se tratava de uma nova portaria, mas uma “porcaria”, a qual trata “os policiais militares e bombeiros como de segunda categoria.” Esclareceu ter se reunido com o ministro da Defesa, José Múcio, e anunciou um novo encontro para quarta-feira 22. 

“Iniciamos nossa negociação com o ministro da Justiça para mostrar que esse policial, em sua vida toda, em 35 anos, não constrói só amigos, não”, declarou Fraga. “Mas também se constrói inimigos. E este homem precisa ser olhado com outros olhos quando vai para inatividade, precisa ter sua proteção individual.”

Alberto Fraga afirmou que tem “tentado negociar com o governo”, por meio do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre a questão do armamento e que levou “uma facada nas costas” com a nova portaria do Exército. “Não dá para aceitar mais”, acrescentou.

“Estamos tentando o diálogo e nada acontece. E estou dizendo aqui em alto e bom som: um ministro da Justiça que obedece ordem de funcionários não merece estar sentado na cadeira. A ignorância separa o militar da ativa da reserva”, sinalizou, momento em que foi aplaudido por seus colegas de Casa.

O presidente da Comissão de Segurança garantiu que continuará “de forma insistente, perseguindo resultados que possam satisfazer os nossos policiais. Aqueles que arriscam a própria vida para salvar as nossas vidas devem ter respeito.”

Portaria do armamento do Exército se emparelha ao ‘comunismo’

O deputado Coronel Ulysses (União Brasil-AC) também declarou, durante a Comissão de Segurança, que a nova portaria do Exército sobre o armamento de militares “tem que ser revista, pois mostra que ele está sendo emparelhado com o comunismo.”

A nova norma diz “que regulamenta a aquisição de armas de fogo e munições por integrantes das Polícias Militares, dos Corpos de Bombeiros Militares e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.”

O texto, que será publicado, adianta que a decisão sobre a quantidade de armas de uso restrito e permitido à militares se deu “após tratativas com membros dos Poderes Executivos e Judiciário”. 

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Deputado Coronel Ulysses (União Brasil-AC) disse não confiar no governo federal para avançar na pauta sobre o uso de armas por militares fora do horário de serviço | Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Em nota, Alberto Fraga disse que isso sugere um “estranho controle judicial preventivo, não previsto em lei, de atos do Poder Executivo, que resolveu tratar preconceituosamente os policiais e bombeiros inativos.”

Coronel Ulysses aproveitou o momento para tecer críticas à atuação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. “Tudo o que é favorável ao bandido, ele defende”, disse. “E tudo que é favorável ao cidadão de bem, ele é contra.” 

“Temos um governo que mente a todo momento e estamos aí, há um ano, empurrando com a barriga a questão armamentista”, acrescentou o deputado, que alegou não acreditar em acordo para avançar quanto à pauta.

Via Revista Oeste

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