sexta-feira, novembro 22, 2024
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Fotossíntese artificial transforma CO2 e metano em combustível

Cientistas da Universidade McGill, no Canadá, usaram um modelo de fotossíntese artificial para transformar dióxido de carbono e metano – dois dos gases de efeito estufa mais destrutivos – em produtos químicos que, posteriormente, podem ser usados ​​para a fabricação de combustíveis.

Entenda:

  • Cientistas canadenses usaram um modelo de fotossíntese artificial para transformar CO2 e metano em monóxido de carbono e metanol verde;
  • O processo usa nitreto de ouro, paládio e gálio como catalisador, e converte os gases com a exposição à luz solar;
  • O metanol verde emite até 95% menos CO2 do que combustíveis convencionais, e o monóxido de carbono é amplamente utilizado em pesquisas médicas;
  • A pesquisa foi publicada na Nature Communications.
Método de fotossíntese artificial pode transformar gases de efeito estufa em combustíveis. (Imagem: Shutterstock/ThamKC)

No novo processo, a equipe usou nitreto de ouro, paládio e gálio como catalisador para converter o CO2 e o metano em monóxido de carbono e metanol verde através de uma transformação química que ocorre quando os gases são expostos à luz solar. Um artigo foi publicado na Nature Communications.

Como descreve a equipe no artigo, ainda que o metanol verde tenha algumas desvantagens (como alta inflamabilidade), ele emite cerca de 60 a 95% menos CO2 do que os combustíveis convencionais. O monóxido de carbono, por sua vez, é amplamente utilizado em pesquisas médicas no tratamento de inflamações, lesões pulmonares e outros quadros de saúde.

Fotossíntese artificial recicla gases de efeito estufa. (Imagem: Bilanol/Shutterstock)

“Ao aproveitar a energia abundante do sol, podemos essencialmente reciclar dois gases de efeito estufa em produtos úteis. O processo funciona em temperatura ambiente e não requer o calor alto ou produtos químicos agressivos usados ​​em outras reações químicas”, explica Chao-Jun Li, autor principal do artigo, em comunicado.

Apesar de os produtos usados para catalisar o CO2 e o metano não serem baratos, a equipe destaca sua potência para a impulsionar a reação química da fotossíntese artificial. “Essa inovação oferece um caminho promissor em direção à meta do Canadá de zerar as emissões líquidas até 2050, e transforma um desafio ambiental em uma oportunidade para um futuro mais sustentável”, completa Jing-Tan Han, coautor do estudo.

Via Olhar Digital

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