A Agência Espacial Europeia (ESA) e a NASA revelaram nesta semana uma série de imagens impressionantes. As fotos foram feitas em março de 2023 pela sonda Solar Orbiter e são as mais detalhadas já feitas da superfície do Sol.
No total, são 25 imagens capturadas ao longo de quatro horas. Durante este período, o equipamento esteve a cerca de 74 milhões de quilômetros da maior estrela da nossa galáxia. Isso é tão pouco que foi necessário que a sonda fosse inclinada e girasse para garantir que o astro fosse captado por inteiro.
Imagens inéditas da superfície do astro
Segundo a ESA, as fotos mostram em detalhes como funciona a fotosfera, camada considerada a superfície do Sol e a responsável por emitir luz. Já os grânulos registrados são estruturas criadas pela convecção, processo que faz com que o plasma quente suba e o mais frio afunde pela estrela.
Os cientistas explicam que estas células cobrem quase toda a superfície. A exceção está nas manchas solares, regiões mais escuras e frias espalhadas pelo astro.
Atualmente, a Solar Orbiter está a cerca de 120 milhões de quilômetros do Sol, um pouco mais distante da estrela que a órbita de Vênus. A sonda ainda deve capturar imagens dos polos solares, um dos principais objetivos da sua missão científica, mas isso só deve ocorrer em 2025, quando sua órbita permitir maior inclinação e visão direta destas regiões do astro.
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Campos magnéticos solares
- Além das imagens da superfície do Sol, o equipamento ainda analisou os campos magnéticos solares.
- As fotos foram unidas para criar uma espécie de mapa que mostra que estas estruturas são mais fortes e concentradas perto das manchas solares.
- Isso ajuda a explicar o porquê de elas serem mais frias que seus arredores.
- Outro mapa produzido pelos cientistas mostra a velocidade e a direção em que o material na superfície solar se move.