As fortes chuvas no Rio Grande do Sul atingiram 447 de 497 municípios, o que corresponde a 90% do Estado. O número de mortos subiu para 147. São 127 desaparecidos e 2,1 milhões de afetados.
Mais de 619 mil pessoas estão fora de suas casas. Dessas, 80.826 estão em abrigos e 538.241 em casas de amigos, conhecidos ou parentes. As estatísticas são da Defesa Civil do RS, que disponibilizou um novo boletim na manhã desta segunda-feira, 13.
O órgão também confirmou que, até o momento, 76.470 cidadãos foram resgatados, enquanto 10.814 animais foram salvos por agentes das forças de segurança.
Em relação à infraestrutura, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) estima que 101 mil casas já foram destruídas ou danificadas pelos temporais que assolam o Rio Grande do Sul.
Entre as residências que sofreram avarias, 92,6 mil estão danificadas e outras 8,4 mil, destruídas. A CNM acredita que as chuvas causaram, até aqui, R$ 8,4 bilhões em prejuízos financeiros ao Estado, sendo mais da metade na área da habitação (R$ 4,5 bilhões).
Os dados, ainda assim, podem estar subnotificados, na medida em que as cidades afetadas concentram seus esforços nesse momento nos resgates e no acolhimento das famílias afetadas. Além de buscar alertar a população sobre como proceder diante da iminência de novos alagamentos.
Índice de desalojamentos no Rio Grande do Sul bateu recorde
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, até o último sábado, 11, um total de 537,3 mil gaúchos foram desalojados. Isso estabeleceu um novo recorde nacional de desalojamentos nos últimos 30 anos, por causa das enchentes no Estado.
As estatísticas compiladas pelo jornal abrangem desastres como chuvas intensas, inundações e vendavais. O Estado do Rio Grande do Sul superou o recorde anterior de Santa Catarina. Em 2011, em um inverno com fortes chuvas, cerca de 219 mil catarinenses deixaram suas casas.