Uma sepultura descoberta nas ruínas de uma fortaleza abandonada na Mongólia contém os restos mortais de uma mulher enigmática. Segundo os pesquisadores responsáveis pelo achado, ela estava vestida com um manto de seda amarelo e pode revelar segredos sobre as práticas de sepultamento e de comércio em um império que floresceu há 1.000 anos.
A construção fazia parte de uma “longa muralha”
- A descoberta foi feita acidentalmente enquanto a equipe pesquisava um local no nordeste da Mongólia.
- A fortaleza, conhecida como Khar Nuur, foi construída em algum momento entre os séculos X e XII, durante o Império Kitan-Liao, que controlava grandes porções do centro e leste da Mongólia na época.
- A construção fazia parte de uma “longa muralha” que se estendia pelo campo.
- Depois que o Império Kitan-Liao entrou em colapso, em 1125, o Império Mongol, que se originou em 1206 e foi liderado por Genghis Khan acabou ganhando notoriedade.
- O estudo foi publicado na revista Archaeological Research in Asia.
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Sepultura resistiu ao passar dos anos sem ser saqueada
De acordo com os cientistas, a descoberta desta sepultura foi uma surpresa. Eles afirmam que o fato dela não ter sido saqueada é muito raro.
A tumba estava escondida dentro de um recinto de uma das muralhas da fortaleza. A datação por radiocarbono do esqueleto “bem preservado” revelou que a falecida era uma mulher que morreu entre as idades de 40 e 60 anos.
Ela foi enterrada em um caixão, vestindo um manto de seda amarelo, e tinha tecidos de seda adicionais colocados sob a cabeça. A riqueza da sepultura, não apenas em termos da quantidade de bens funerários, mas também de sua diversidade, sugere que a mulher pertencia a uma classe de elite e era uma figura importante na sociedade local.
Essa descoberta também aponta para uma extensa rede de intercâmbio até então desconhecida e que pode ser importante para a compreensão da ascensão do império mongol. Isso porque pouco se sabe sobre o período entre a queda do Império Kitan-Liao e a ascensão de Genghis Khan.