O governo federal decidiu prolongar por 73 dias a atuação dos agentes da Força Nacional de Segurança Pública no Amazonas, com o objetivo de combater os incêndios florestais que afetam a região.
Essa extensão garante a presença dos militares entre 3 de outubro e 14 de dezembro. A medida busca intensificar os esforços para conter as queimadas. Isso é especialmente importante durante o período crítico de estiagem.
Os agentes serão distribuídos em municípios estratégicos: Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Lábrea e Novo Aripuanã. Esses municípios têm enfrentado grandes focos de incêndio, exigindo maior presença das forças de segurança.
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Segundo a portaria publicada no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira, 27, os militares atuarão em operações de defesa civil ligadas ao meio ambiente. Além disso, eles vão realizar serviços de preservação da ordem pública, proteção da população e do patrimônio.
Incêndios em níveis alarmantes no Amazonas
Os incêndios na Amazônia têm atingido níveis alarmantes. Em 2024, o bioma amazônico superou o número de queimadas registrado no ano anterior.
Até o último sábado, 21, registraram-se 100,5 mil focos de incêndio, número que supera as 98,6 mil ocorrências de 2023.
A crise ambiental no Amazonas levou o Ministério da Justiça e Segurança Pública a autorizar a mobilização da Força Nacional em junho. Os municípios de Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Lábrea e Manicoré receberam o apoio, inicialmente previsto para 120 dias. No entanto, devido à gravidade da situação, a necessidade de prolongar a intervenção ficou evidente.
Além disso, todos os 62 municípios amazonenses estão em situação de emergência em razão da intensa seca, que agrava ainda mais a vulnerabilidade da região frente aos incêndios.