segunda-feira, novembro 25, 2024
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Foguete da Blue Origin voa pela primeira vez em mais de um ano

Desde setembro de 2022, quando apresentou uma anomalia durante um lançamento de carga, o foguete New Shepard, da Blue Origin, estava parado. Finalmente, nesta terça-feira (19), o veículo decolou novamente – e com sucesso!

A princípio, o novo lançamento aconteceria na segunda-feira (18), no entanto, o evento foi adiado para averiguação de problemas no “sistema terrestre”, de acordo com uma postagem na conta oficial da empresa no X (antigo Twitter).



O veículo decolou do local de lançamento da Blue Origin no oeste do Texas às 13h44 (pelo horário de Brasília). Minutos depois, o primeiro estágio do foguete pousou nas proximidades, como planejado, e a espaçonave desceu à Terra com a ajuda de paraquedas – tudo sendo transmitido em tempo real pelas plataformas digitais da empresa. 

Assim como no último voo, em setembro de 2022, a missão desta terça – designada NS-24, porque foi a 24ª decolagem geral do foguete New Shepard – não foi tripulada. Ele transportou 33 cargas úteis de pesquisa, mais da metade delas “desenvolvidas e voadas com o apoio da NASA”, segundo um comunicado da Blue Origin.

“Outros vêm de escolas K-12, universidades e organizações focadas no STEAM”, acrescenta a nota. STEAM significa “ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática”.

Durante este voo, também foram lançados 38 mil cartões postais do Club for the Future, uma organização sem fins lucrativos fundada pela Blue Origin que visa apoiar jovens interessados em ciência e exploração espacial.

New Shepard é um combo de foguete-cápsula reutilizável que a Blue Origin usa para levar pessoas e cargas ao espaço suborbital. Das 24 vezes que o veículo foi lançado até o momento, seis foram com tripulantes a bordo.

Anomalia em foguete da Blue Origin foi investigada

Denominado NS-23, o voo de setembro de 2022 seria dedicado apenas à pesquisa. Cerca de 65 segundos após o lançamento, o propulsor do foguete sofreu um sério problema e caiu de volta à Terra. A cápsula conseguiu sair ilesa e pousou suavemente sob paraquedas, com suas 36 cargas úteis de pesquisa intactas.

A Blue Origin logo iniciou uma investigação de percalços, que foi supervisionada pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA). Em março, a empresa anunciou que havia identificado a causa do acidente: uma “falha termoestrutural” do bico do motor BE-3PM que alimenta o propulsor da espaçonave New Shepard, o que foi confirmado pela FAA em setembro.

O órgão exigiu que a empresa implementasse “21 ações corretivas para evitar a recorrência de acidentes, incluindo o redesenho de componentes do motor e do bico para melhorar o desempenho estrutural durante a operação, bem como mudanças organizacionais”.

A Blue Origin não é a única empresa que lança clientes pagantes de e para o espaço suborbital. Isso também é feito pela Virgin Galactic, que faz parte do Virgin Group, do bilionário britânico Richard Branson. Nos 15 meses em que o New Shepard ficou parado, a concorrente lançou seis missões tripuladas com seu avião espacial VSS Unity.

Via Olhar Digital

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