Um satélite da empresa japonesa Astroscale registrou “a primeira imagem divulgada publicamente de detritos espaciais” — os restos do foguete HII-A, abandonado no espaço, onde ficará vagando até ser recolhido de alguma maneira.
“A imagem sem precedentes marca um passo crucial para a compreensão e abordagem dos desafios colocados pelos detritos espaciais, impulsionando o progresso em direção a um ambiente espacial mais seguro e sustentável”, disse a empresa.
A Astroscale está desenvolvendo um programa de remoção dos detritos espaciais. A fotografia foi tirada pelo satélite na missão de coletar imagens e avaliar o movimento do corpo do foguete e a condição da estrutura, como forma de compreender melhor os desafios impostos para futuramente conseguir recolher o lixo que vaga pelo espaço.
O comunicado da empresa acrescentou: “Espera-se que as imagens e os dados recolhidos sejam cruciais para uma melhor compreensão dos detritos e forneçam informações críticas para futuros esforços de remoção.”
Lixo espacial
Milhares de detritos se acumulam ao redor de nosso planeta desde o início da exploração espacial no século passado. Esse lixo é composto por partes de foguetes ou fragmentos de satélites que sofreram algum tipo de colisão.
De acordo com dados da Nasa, até meados dos anos 2000 a principal fonte de detritos eram as explosões dos estágios superiores dos veículos lançadores e das espaçonaves lançadas ao espaço — as tecnologias existentes hoje já contam com o retorno seguro dessas peças para a Terra.
Dois episódios aumentaram consideravelmente a quantidade de lixo espacial: a destruição intencional do satélite meteorológico Fengyun-1C pela China em 2007 e a colisão acidental de um satélite de comunicações americano e uma nave espacial russa aposentada, em 2009. Os materiais liberados no espaço nessas duas ocasiões representam um terço de todos os detritos orbitais catalogados.
Compartilhe: