sábado, setembro 28, 2024
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Focos de incêndio na Mata Atlântica do Rio aumentaram 440% em 2024

Entre 1º de janeiro e 21 de junho, a Mata Atlântica registrou aumento de 42% nos focos de incêndio, se comparado ao mesmo período de 2023.

Conforme o Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os incêndios saltaram de 2.527 para 3.571.

No Rio de Janeiro, a situação é ainda mais alarmante, com alta de 440% em relação ao ano anterior, concentrados principalmente em junho.

De 1º a 21 de junho, o Estado teve 110 focos, contra 16 no mesmo período do ano anterior. A estação seca, que potencializa o risco de incêndios, vai até setembro.

Incêndios devastam áreas de preservação

Um dos incêndios mais devastadores ocorreu no Parque Nacional do Itatiaia. Mais de 300 hectares de uma área de plantas raras foram destruídos. No bioma da Mata Atlântica, os focos de incêndio em áreas naturais aumentaram de 472 para 1.009 no mesmo período.

O biólogo Izar Aximoff, que estudou os efeitos do fogo em seu doutorado, sublinha a gravidade da situação: “Quando uma área queima, a vida não volta facilmente”, explicou ao jornal O Globo. “Nos domínios da Mata Atlântica vivem 70% dos brasileiros, sendo o bioma fundamental para o clima e a água”.

Apesar dos pequenos fragmentos remanescentes, a Mata Atlântica ainda abriga grande biodiversidade. De acordo com o atlas do bioma desenvolvido pelo Inpe e SOS Mata Atlântica, restam 24% do bioma considerando trechos de floresta com mais de 1 hectare. Este percentual cai para 7% ao se considerar apenas a floresta contínua com mais de 100 hectares.

Mais de 90% dos incêndios na Mata Atlântica e em outros biomas são causados por ação humana, intencional ou não. O incêndio que destruiu mais de 300 hectares do Parque Nacional do Itatiaia começou em uma área isolada para treinamento de cadetes do Exército. O Ministério Público Federal abriu uma investigação sobre o caso.



Via Revista Oeste

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