sábado, novembro 23, 2024
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FMI atualiza lista com as 10 maiores economias do mundo

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram divulgados nesta semana. Com isso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou seu ranking e projeta que a economia brasileira encerrará 2024 como a oitava maior do mundo, com alta de cerca de 2,2%, superando Itália e Canadá.

Para a economia mundial, o FMI projeta um crescimento de 3,2% durante 2024 e 2025, similar ao de 2023. A inflação mediana deve cair de 2,8%, em 2024, para 2,4%, no ano seguinte. A expectativa é que a posição do Brasil como oitava maior economia do mundo se mantenha até pelo menos 2029, último ano calculado pelo fundo.

Os Estados Unidos lideram o ranking das maiores economias, com um PIB de US$ 28,7 trilhões e um crescimento de 2,7% em 2024 — um aumento de 0,6 ponto porcentual, em relação à previsão anterior. A China segue em segundo lugar, com US$ 18,53 trilhões, seguida pela Alemanha, com US$ 4,59 trilhões.

Confira as 10 maiores economias do mundo projetadas pelo FMI:

  1. Estados Unidos: US$ 28,781 trilhões;
  2. China: US$ 18,532 trilhões;
  3. Alemanha: US$ 4,591 trilhões;
  4. Japão: US$ 4,110 trilhões;
  5. Índia: US$ 3,937 trilhões;
  6. Reino Unido: US$ 3,495 trilhões;
  7. França: US$ 3,130 trilhões;
  8. Brasil: US$ 2,331 trilhões;
  9. Itália: US$ 2,328 trilhões; e
  10. Canadá: US$ 2,242 trilhões.

O relatório World Economic Outlook (WEO) de abril do FMI informou que a economia mundial permanece “notavelmente resiliente, com um crescimento estável à medida que a inflação diminui”. No entanto, o fundo alerta para a divergência no ritmo de crescimento entre países e a necessidade de vigilância sobre a inflação, que “ainda está acima das metas na maioria das economias”.

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De acordo com o FMI, as autoridades devem focar em medidas que fortaleçam a resiliência da economia global, revertam a queda nas perspectivas de crescimento de médio prazo e melhorem os quadros de política monetária, fiscal e financeira, especialmente em mercados emergentes.

“O comércio global e a pegada de investimento quase dobraram desde os anos 2000, enquanto a integração financeira global continua a aumentar”, comunicou o FMI. “Consumidores e empresas dos mercados emergentes do G20 representam uma parcela crescente da demanda global e empresas nos mercados emergentes como China, Índia e Rússia fornecem uma parcela maior na produção a nível mundial.”

O crescimento da economia brasileira em 2024 deve-se a melhores perspectivas econômicas, cortes nos juros que beneficiam mercados acionários, resiliência do mercado de trabalho e melhora na renda disponível. Especialistas apontam fatores pontuais, como o pagamento de precatórios e estruturais, além do aumento no consumo das famílias e de serviços, como impulsionadores desse crescimento.

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Para Gilberto Braga, consultor e professor de economia do IBMEC, ainda há impactos não mensuráveis. O próximo trimestre ainda é incerto, principalmente por causa dos efeitos da reconstrução do Rio Grande do Sul sobre o PIB nacional.

“Esse é um impacto vivo, ou seja, ele ainda não pode ser mensurado totalmente e ele ainda está em desenvolvimento”, explicou Braga. “Então, nesse sentido, sabe-se que ele ainda vai ser estudado e seus impactos trarão profundas consequências para o PIB e em termos de planejamento, em termos de seguros, em termos de como lidar com isso no sentido não apenas comportamental na vida dos cidadãos, mas também em questões de prevenção e de políticas públicas.”

Via Revista Oeste

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