quinta-feira, novembro 21, 2024
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Floresta perdida no Ártico revela um passado inimaginável

Análises realizadas a partir de árvores fossilizadas no Círculo Polar Ártico revelaram três espécies de nozes desconhecidas, além de fornecer mais informações sobre o passado da região. O local abrigou uma floresta há 45 milhões de anos.

Análise de castanhas fossilizadas encontradas na região (Imagem: James Basinger/Universidade de Saskatchewan)

Floresta chegou a ser habitada pelos dinossauros

  • Os tocos de árvores estão localizadas em Axel Heiberg, a sétima maior ilha do Canadá.
  • A região é extremamente fria e de difícil acesso, ficando mais ao norte do que quase toda a Groenlândia.
  • Mas o local abriga marcas de um passado longínquo, quando o Ártico era totalmente diferente do que conhecemos hoje e abrigava uma enorme floresta.
  • Os tocos encontrados ali são resquícios de árvores que prosperaram durante a época do Eoceno (de 54 milhões a 38 milhões de anos atrás), quando o mundo era muito mais quente.
  • Acredita-se que as temperaturas médias do Ártico naquele período tenham sido superiores a 10°C, graças ao alto dióxido de carbono atmosférico.
  • No entanto, os invernos foram igualmente escuros.

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Região de Axel Heiberg já abrigou floresta (Imagem: James Basinger/Universidade de Saskatchewan)

Descoberta a origem das nozes

Segundo os pesquisadores, a floresta foi enterrada sob um pântano antes que bactérias ou fungos pudessem decompor suas árvores. Isso acabou permitindo a preservação delas.

Foram encontradas nozes erodindo do solo, tornando mais fácil identificar o gênero das árvores, mesmo que elas não pudessem ser combinadas com espécies conhecidas. Tomografias computadorizadas revelaram que elas eram membros do gênero Juglans. Mas, para surpresa da equipe, também identificaram três espécies que não foram relatadas antes.

A conclusão apoia teorias recentes de que as nozes se originaram na América do Norte ou na Europa em tempos mais quentes, antes de se desenvolverem na Ásia, anteriormente considerada o local de origem delas.

As análises ainda permitiram determinar que as árvores da antiga floresta cresciam até 40 metros. O estudo foi publicado no The International Journal of Plant Sciences.

Via Olhar Digital

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