Paleobotânicos britânicos identificaram a floresta mais antiga do mundo. Ela é composta por rochas e fósseis que datam de cerca de 385 milhões de anos atrás, o que significa que a floresta se desenvolveu durante o Devoniano Superior. Mas o que impressionou foi a localização dela (algum chute de onde fica?).
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Onde fica a floresta?
Ao contrário do que poderia se imaginar, a floresta mais antiga do mundo não fica na África, nem na Amazônia. Na verdade, está localizada perto de uma das maiores cidades do mundo.
Os pesquisadores descobriram o local há cerca de dez anos, mas os resultados das análises relativas à sua idade só foram obtidos agora. As escavações foram realizadas perto da cidade do Cairo (não é a versão original egípcia), nos Estados Unidos, que fica há apenas duas horas da cidade de Nova York.
Anteriormente, cientistas haviam identificado, há poucos quilômetros de distância, fósseis de árvores primitivas de cerca de 380 milhões de anos na Floresta da Gilboa, até então conhecida como a mais antiga do mundo, mas agora superada pela quase vizinha. As informações são da Live Science.
Importância no estudo do clima
- A idade da “nova” floresta fossilizada foi determinada pela datação das rochas do local.
- Segundo os pesquisadores, ela é especialmente rica em fósseis.
- Foram desenterradas no local árvores fossilizadas de até 19 metros de altura, bem como numerosos fósseis de peixes, o que pode indicar que a vegetação foi destruída por uma enchente no passado.
- Fósseis de raízes de Archaeopteris também foram descobertos no local.
- Elas são restos de fetos gigantes que podem atingir os 40 metros de altura, espécie já extinta mas representativa do clima que prevalecia na época.
- O período Devoniano caracterizou-se por um clima muito quente e úmido, com uma temperatura média de cerca de 30°C, favorecido por um forte efeito estufa, razão pela qual este período é também conhecido como “era estufa”.
- Esse clima geralmente quente contribuiu para o desenvolvimento de florestas de aparência tropical em grande parte do globo, incluindo muitas variedades de samambaias, como Archaeopteris.
- A descoberta desta floresta primitiva permite que os cientistas ampliem o conhecimento sobre o clima do passado e, em particular, a sua evolução.
- As árvores fossilizadas contêm vestígios da evolução do dióxido de carbono durante este período, e essa informação poderia fornecer uma ideia mais precisa de como o dióxido de carbono influenciou o clima da Terra.
- Esses novos dados também podem ser utilizados nos modelos climáticos atuais para melhorar a nossa compreensão de como o nosso clima evoluirá no futuro, e até ajudar no combate ao aquecimento global.