Convidado do “Domingol com Benja” neste domingo (17), o jornalista Flávio Gomes, conhecido torcedor da Portuguesa, manifestou-se sobre a recente venda do clube por R$ 1 bilhão, afirmando que a decisão era inevitável para a sobrevivência da agremiação.
“Era isso ou morrer”, declarou Gomes, ressaltando a crítica situação financeira e esportiva do time paulista.
Apesar de não ser entusiasta do modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o jornalista reconheceu a necessidade da mudança: “Eu não gosto do modelo de SAF. Eu não sou um entusiasta que sabe muito bem disso. Pra mim seria muito mais legal se os clubes conseguissem andar com as suas próprias pernas, representassem suas comunidades, seus bairros, suas cidades”, comentou Flávio Gomes, que também lembrou com nostalgia os tempos áureos da Lusa:
“A Portuguesa era um clube de 100 mil sócios em 1980. Hoje ela não tem mil”.
Ele também mencionou os bons momentos do clube no futebol brasileiro, como o vice-campeonato em 1996 e as semifinais em 1997 e 1998, mas ressaltou que a Portuguesa não conseguiu aproveitar o crescimento financeiro do futebol nacional.
A venda da Portuguesa foi realizada para um consórcio que inclui a XP Investimentos, responsável por equacionar as dívidas e fazer aportes financeiros, a Taoa Partners, empresa de gestão esportiva, e a Revee, que cuidará da reforma imobiliária do Canindé.
O projeto prevê um investimento de R$ 1,2 bilhão ao longo de cinco anos, com o objetivo de levar a Portuguesa à Série A do Campeonato Brasileiro até 2029.
“A opção era, ou faz isso ou morrer. E aí eu vou falar o quê? ‘Ah, não, vou morrer abraçado com um bolinho de bacalhau?’ Não, entendeu?”, concluiu Gomes.