domingo, setembro 29, 2024
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Fisioterapeuta luta há 13 anos para não perder o pé

O fisioterapeuta Mozart Soares de Souza, de 72 anos, conhecido como “o gordo mais rápido do Brasil”, luta há 13 anos para não perder o pé. Em 2011, ele foi picado por uma aranha-marrom no Centro de Treinamento de um clube de futebol no interior do Paraná.

Atualmente morando em São Vicente (SP), Mozart contou que chegou a pesar 190 kg. Entretanto, durante sua atuação em clubes de futebol, o fisioterapeuta era reconhecido pela agilidade em socorrer atletas lesionados em campo. As informações são do jornal G1.

Devido à lesão causada pela picada, Mozart precisou emagrecer para ser submetido a uma cirurgia e atualmente pesa 140 kg. O veneno da aranha trouxe complicações adicionais, como problemas no fígado e nos rins do fisioterapeuta.

Ele entrou na fila do SUS para tratar o pé, mas antes passou por uma cirurgia para retirar o excesso de pele da barriga e braços em 2023. A ideia era usar essa pele como enxerto para o pé, mas não deu certo. A cirurgia também lhe causou uma hérnia abdominal, que provoca muita dor.

Fisioterapeuta compromete aposentadoria

Para não perder o pé, Mozart fez empréstimos, comprometendo parte da aposentadoria, equivalente a um salário mínimo. O fisioterapeuta chegou a usar o dinheiro para tratamento em câmara hiperbárica, indicada para feridas de difícil cicatrização.

Com a renda comprometida, Mozart vive de doações. O jornalista Júlio Nascimento é uma das pessoas que o ajudam. “Eu fico triste por não ter conseguido fazer mais”, disse o amigo.

Mozart continua na luta para recuperar o pé, realizar uma nova cirurgia para retirar peles das coxas e buscar uma solução para a hérnia.

Conhecido como “o gordo mais rápido do Brasil” por sua agilidade em socorrer atletas lesionados e pelo peso, Mozart trabalhou em diversos clubes no interior de São Paulo e Paraná, como Athletico Paranaense, Atlético Penapolense e Grêmio de Maringá.

Carreira e legado

No Marília, ele integrou a equipe campeã da Copa São Paulo de Futebol Júnior em mil novecentos e setenta e nove. Ele trabalhou com Jair Ventura Filho, Thiago Santos, Casagrande, Sérgio Guedes, Ramires, Bebeto, Rafael Cammarota, entre outros.

Mesmo aposentado, Mozart sonha em se recuperar e voltar a cuidar de atletas dentro e fora do campo. Ele recebeu propostas de alguns clubes, que desistiram ao saber da situação do seu pé.

“Eu quero sarar e voltar a trabalhar”, afirmou. “Eu fico com vergonha. Sofro muito. É difícil para quem trabalhou muito. A gente fica constrangido. É difícil. Meu pai morreu trabalhando e eu quero ser igual.”

Via Revista Oeste

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