Tudo sobre Inteligência Artificial
A inteligência artificial é melhor do que os humanos em identificar se uma pessoa está mentindo? É o que sugerem pesquisadores da França e Alemanha, que desenvolveram uma ferramenta de IA que pode ser usada para nos ajudar a detectar informações falsas.
Entenda:
- Pesquisadores desenvolveram uma ferramenta de IA para nos ajudar a detectar mentiras;
- A equipe pediu a voluntários que escrevessem sobre seus planos para o fim de semana, e metade deles foi paga para mentir de forma crível;
- 80% das declarações foram usadas para treinar a IA, e o restante serviu para testar a ferramenta – que apontou corretamente a veracidade das informações em 67% das vezes;
- Outros testes, entretanto, indicaram que a maior parte dos participantes suspeita da capacidade da IA em detectar mentiras;
- O estudo foi publicado no iScience.
No estudo publicado no iScience, a equipe pediu a voluntários que escrevessem sobre seus planos para o fim de semana. Metade dos participantes recebeu um pequeno pagamento para que mentissem – de forma crível. Foram coletadas, ao todo, 1.536 declarações de 768 pessoas.
Humanos ainda suspeitam da capacidade da IA em detectar mentiras
80% das declarações – incluindo tanto mentiras quanto verdades – foram usadas para treinar um algoritmo com o BERT, modelo de linguagem do Google. O restante das declarações serviu para testar a ferramenta: como resultado, a equipe observou que a veracidade das informações foi apontada com sucesso em 67% das vezes.
Os pesquisadores também realizaram testes para descobrir como as pessoas podem usar a IA para identificar mentiras. Um deles revelou que, diante da opção de pagar uma pequena taxa para usar a ferramenta de IA – novamente, com incentivo financeiro -, dois terços das pessoas não demonstraram interesse em usá-la – o que aponta certo ceticismo em relação à tecnologia.
“Dado que temos tantas notícias falsas e desinformação se espalhando, há um benefício nessas tecnologias. No entanto, você realmente precisa testá-las – é preciso ter certeza de que elas são substancialmente melhores do que os humanos”, diz Alicia von Schenk, uma das pesquisadoras do estudo, ao MIT.