sábado, outubro 5, 2024
InícioPolíticaFim da isenção de compras de US$ 50 é incluída como jabuti...

Fim da isenção de compras de US$ 50 é incluída como jabuti em PL

O deputado Átila Lira (PP-PI), relator do Projeto de Lei (PL) 914 de 2024, incluiu no relatório final um trecho que revoga a isenção de impostos para importações abaixo de US$ 50. O jabuti entrou como parte do texto que cria o Programa Nacional Mobilidade Verde e Inovação (Mover). 

Atualmente, as empresas que aderiram ao Remessa Conforme, do Ministério da Fazenda, têm isenção do imposto de importação nas remessas de pequeno valor. O montante estipulado é de US$ 50 para pessoas físicas. Caso a compra exceda, aplica-se o imposto de 60%.

O presidente da Frente Parlamentar Pelo Livre Mercado (FPLM), deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-RJ), afirmou que a inclusão do jabuti para o fim da isenção de US$ 50 nesse PL partiu da premissa de que se “terá uma mobilização muito grande em benefício do Mover”.

“Não só o projeto é completamente fora de tempo”, declarou o presidente da Frente. “Uma vez que a matéria afeta diretamente na oferta e demanda do setor automotivo. Ainda temos a inserção desse jabuti em um projeto que não tem nexo nenhum.”

Fernando Haddad
Fim da isenção de US$ 50 é uma alternativa para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), para aumentar a arrecadação de tributos | Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Orléans e Bragança destacou a isenção de US$ 50, “que ainda era algum benefício para a população brasileira” será retirada. Isso na “sanha do governo de arrecadar e de não saber fechar conta”. Afirmou que “estão acabando com a pequena abertura para o consumidor brasileiro.”

“A inclusão de uma revogação relacionada à isenção do imposto de importação para remessas de baixo valor é incompatível com o objeto do projeto. O PL é sobre a descarbonização do setor automotivo”, justificou.

Governo já quer taxar compras de US$ 50

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva percebeu uma mudança na quantidade de compras internacionais de até US$ 50. Isso se deu depois da criação do programa Remessa Conforme. A administração federal deve analisar a taxação desses produtos com cautela, que são isentos de imposto.

De acordo com a análise preliminar, houve uma queda considerável no volume e no faturamento desses produtos. As empresas têm substituído parte da oferta por artigos de fornecedores nacionais.

O governo teme que a nova taxação dificulte a regularização das plataformas estrangeiras. Ainda acha que pode comprometer o atual favorecimento de empresas locais nos marketplaces — grandes lojas virtuais que permitem que empresas menores vendam seus produtos.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui