sábado, setembro 14, 2024
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Filme sobre Léa Freire, musicista reconhecida mundialmente, chega aos cinemas

O documentário “A Música Natureza de Léa Freire“, de Lucas Weglinski, chega aos cinemas nesta quinta-feira (18). O filme tem o objetivo de fazer com que a instrumentista brasileira, que gravou com diversos nomes da música e é reconhecida internacionalmente, seja mais conhecida no Brasil.

O longa procura mostrar a trajetória musical de Léa Freire, ressaltando sua “sonoridade única, extremamente brasileira e universal” pela música clássica e pelo jazz. Seu papel nos gêneros é tanto que chegou a ser descrita como “a Villa-Lobos contemporânea”, “anova Tom Jobim” ou “A Hermeto de saias” – comentários que tentam ser elogiosos, mas acabam por perpetuar o machismo.

“Homens maravilhosos, eu acho que é uma tentativa de classificação bem intencionada e mal direcionada”, disse Léa Freire à CNN. “Comparar a gente com homem não é elogio – eu, pelo menos, não acho.”

Em entrevista à CNN, Léa detalhou os momentos da carreira e falou sobre o filme que conta uma parte de sua trajetória. “[O documentário] fala também sobre a opressão do estado, da família, do machismo, do preconceito, das raízes da cultura brasileira, das amizades que nos curam e nos alimentam tanto nessa vida”, contou. “De toda essa mistura é que surge um filme que tem assunto pra caramba e, quando chega aos cinemas, se transforma em arte.”

O machismo que enfrentou na carreira começou dentro de casa. “O pessoal falava que isso não é coisa para mulher, não era profissão para mulher”, explicou.

Além disso, teve ainda que lidar com o assédio no meio profissional. “Era quase que onipresente. Aí me dei o apelido de ‘Sargento Freire’, para driblar as investidas do povo lá. Na verdade, também fiz bastante arte marcial na juventude”, riu.

“Perdi várias oportunidades porque para viajar, sendo mulher, teria que ter um quarto só pra mim. Como não tinha muitas mulheres músicas, eu não podia ir. E para conseguir os trabalhos, normalmente era só depois que me pagavam, aí eu conseguia trabalhar”, continuou.

Tendo lançado seu primeiro disco, “Ninhal”, em 1997, Léa Freire se especializou como flautista, compositora e arranjadora. Segundo a Enciclopédia Itaú Cultural, sua experiência na música começou aos 7 anos, mas começou a se especializar somente aos 15 anos, quando começou a tocar em festivais de música de colégios de capital paulista, casamentos, bailes, teatros e centros de cultura.

Freire já gravou com nomes como Arrigo Barnabé, Ivan Lins, Hermeto Pascoal e Rosa Passos. Ao longo de sua carreira, também fundou o selo Maritaca.

A musicista participou, inclusive, do projeto “Jobim Sinfônico” (2003), que conquistou o Grammy de Melhor Álbum de Música Clássica em 2004.

“A Música Natureza de Léa Freire” recebeu os prêmios de Melhor Documentário no New York Tri State Film Festival, de Melhor Música no Festival Internacional de Cinema de Roma e de Empoderamento Feminino no Festival Internacional de Cinema de Tóquio. O longa ainda foi exibido em festivais ao redor do mundo como Vision du Réel, na Suíça; Toronto Indie Festival, no Canadá;  Festival de Cinema Latino de São Francisco, nos Estados Unidos; e Festival Internacional de Cinema de Bern, na Suíça.

Assista ao trailer de “A Música Natureza de Léa Freire”:

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Via CNN

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