A defesa de Filipe Martins informou, nesta sexta-feira, 9, que, por falta de tornozeleira eletrônica, o ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais está retido no Complexo Médico de Pinhais, no Paraná.
Mais cedo, após receber um alvará de soltura do Supremo Tribunal Federal, Martins assinou um termo segundo o qual o aparelho seria colocado nele no prazo de cinco dias.
Pouco depois, contudo, o chefe do Departamento Penitenciário Nacional comunicou que o ex-assessor deveria sair com o equipamento já acoplado de dentro da cadeia. O local, no entanto, está com a tornozeleira em falta, disse o advogado Ricardo Scheiffer.
A Oeste, a defesa falou em “abuso de autoridade”.
Provas apresentadas por Filipe Martins a Alexandre de Moraes
Há alguns meses, a defesa de Martins reuniu comprovantes da Uber que reforçam a tese de que o ex-assessor não viajou para os EUA em 30 de dezembro de 2022.
Conforme os documentos juntados pelos advogados, aos quais Oeste teve acesso, Martins esteve em uma hamburgueria no centro de Brasília, em 30 de dezembro. No dia seguinte, ele se dirigiu ao aeroporto da capital federal para viajar para Curitiba.
Ao chegar à cidade, ele também usou o serviço por aplicativo, de acordo com os comprovantes. Na ocasião da presença de Martins em Curitiba, Bolsonaro já havia embarcado para o estrangeiro.
O governo dos Estados Unidos também informou que Martins não esteve no país na data informada por Moraes.
Bilhetes de passagens aéreas
Em fevereiro deste ano, a Revista Oeste revelou a existência de bilhetes de passagens aéreas que comprovaram a presença de Martins no Brasil na data alegada por Moraes para mandar prendê-lo.
Interpelada pelo STF semanas depois, a Latam confirmou a ida do ex-assessor à capital paranaense.
Moraes ignorou essas provas e rejeitou um pedido de soltura do ex-assessor de Bolsonaro.