segunda-feira, novembro 25, 2024
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Fiesp estima impacto de quase R$ 40 bi no PIB por enchentes no RS

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) estimou que as enchentes no Rio Grande do Sul devem causar um impacto de R$ 39,4 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. O estudo foi divulgado nesta segunda-feira, 3.

Antes do desastre, o PIB gaúcho deveria crescer 4,7%, mas agora a previsão é de uma queda de 0,6%. A redução de 5,3 pontos porcentuais considera experiências anteriores, como o ciclone de 2008 e a pandemia de covid-19. O Rio Grande do Sul contribui com 6,5% do PIB nacional.

Desde o início das enchentes, o governo federal já destinou R$ 62,5 bilhões ao Rio Grande do Sul. O valor representa 0,54% do PIB nacional nominal projetado para este ano.

A tragédia coloca o desastre brasileiro entre os mais caros do mundo, em termos de custos fiscais, segundo a Fiesp. A entidade baseou-se em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e projeções da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).

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O estudo também analisa como as chuvas podem alterar a relação econômica entre São Paulo e Rio Grande do Sul. Os gaúchos são o quarto maior consumidor dos produtos paulistas, atrás de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. São Paulo é o principal consumidor da produção gaúcha.

Produção do Rio Grande do Sul afeta seis setores paulistas

Seis setores em São Paulo devem ser os mais impactados: refino de petróleo e coquerias; intermediação financeira, seguros e previdência complementar; fabricação de químicos orgânicos e inorgânicos, resinas e elastômeros; comércio atacadista e varejista, exceto veículos automotores; fabricação de defensivos, desinfestantes, tintas e químicos diversos; e armazenamento, atividades auxiliares de transportes e correio.

O Departamento de Economia da Fiesp afirmou ao site Poder360 que o estudo é uma estimativa e que não pretende revisar o PIB.

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“O mercado ainda não está revendo o PIB e nem a Fiesp, pois o governo federal está anunciando medidas que podem compensar (pelo menos em parte) essa perda”, informou a Fiesp, por meio de nota. “Portanto, é apenas uma estimativa que dependerá de muitos fatores para se tornar efetiva.”

O Rio Grande do Sul representa 6,5% do PIB nacional; 8,3% do PIB da indústria de transformação; 2,6% do PIB da agropecuária; e 12,7% da dívida pública nacional. O Estado tem o quarto maior PIB do Brasil e foi o sexto maior contribuidor para o superávit comercial brasileiro em 2023.

Via Revista Oeste

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