Na manhã de quinta-feira (21), a Rússia lançou uma missão de reabastecimento para a Estação Espacial Internacional (ISS), que chegou ao destino no sábado (23) para entregar cerca de três toneladas de carga, entre suprimentos e combustível. Quando as escotilhas foram abertas, no entanto, um odor estranho foi percebido dentro da espaçonave.
Em uma postagem no X (antigo Twitter) feita no domingo (24), o perfil oficial da ISS relatou o ocorrido. “Depois de abrir a escotilha da espaçonave Progress, os cosmonautas da Roscosmos notaram um odor inesperado e observaram pequenas gotículas”.
On Nov. 23, the unpiloted Progress 90 resupply spacecraft successfully docked to the International Space Station’s Poisk module. After opening the Progress spacecraft’s hatch, the Roscosmos cosmonauts noticed an unexpected odor and observed small droplets, prompting the crew to…
— International Space Station (@Space_Station) November 24, 2024
Ainda de acordo com o comunicado, a tripulação resolveu fechar o acesso do módulo Poisk (onde a cápsula Progress 90 ancorou) para o restante do segmento russo da estação. Após purificadores de ar serem acionados e sensores de contaminantes vistoriarem a atmosfera do laboratório orbital, a equipe responsável pela ISS na sede da NASA, em Houston, nos EUA, determinou que a qualidade do ar dentro da estrutura estava em níveis normais.
“Não há preocupações para a tripulação”, diz a publicação, informando que as escotilhas foram abertas novamente no domingo à tarde, para a tripulação receber as “encomendas”.
Astronauta da NASA relata cheiro de “tinta spray” na estação espacial
De acordo com o site Russian Space Web, o cheiro era “tóxico” e se alastrou por toda a estação. Mesmo estando no segmento norte-americano da estrutura, o astronauta Don Pettit, da NASA, disse ter sentido um odor parecido com o de “tinta spray”.
Ainda não se sabe o que pode ter provocado o cheiro fétido dentro do cargueiro russo. No entanto, a considerar as gotículas observadas pelos cosmonautas no interior do veículo, não se descarta a hipótese de vazamento – algo que já aconteceu outras vezes em cápsulas Progress, como em fevereiro do ano passado.
A espaçonave Progress 90 deve permanecer ancorada no laboratório orbital por seis meses, retornando à Terra carregada de lixo para incinerar durante a reentrada na atmosfera.