Para criadores de conteúdo, a necessidade de conseguir engajamento é vital na hora de fechar contratos de “publis” e conquistar patrocinadores. Mas, nem sempre essas métricas vêm de forma natural, já que hoje é possível contratar as fazendas de cliques para gerar esses seguidores e visualizações.
Descobertos recentemente, esses empreendimentos foram comparados ao Vale do Silício por somarem uma enorme quantidade de computadores, celulares e pessoas que geram os cliques manualmente ou através de linhas de código.
O que são?
As fazendas de cliques podem ser grandes estruturas, com muitos funcionários e equipamentos, assim como uma só pessoa com um computador e alguns celulares. O local gera tráfego para a internet e oferece diversos “serviços” de engajamento em sites e redes sociais.
A Cheq Essencials, empresa de segurança digital, lista alguns dos produtos como: obtenção de seguidores e curtidas em redes sociais; comentários em sites ou redes sociais; geração tráfego para websites; criação de backlinks (criação de autoridade de sites por meio de referências de outros); encaminhamento de tráfego para sites fraudulentos para melhorar sua posição em rankings, autoridade de domínio ou para coletar pagamentos em anúncios de display; compartilhamento de notícias falsas; entre outros.
Quanto maior a necessidade de trabalho manual, mais caro são os serviços. As funcionalidades “básicas” como geração de curtidas e comentários em redes sociais podem ser feitas por bots, códigos que conseguem clicar nesses campos automaticamente.
Essas fazendas já foram encontradas em países da América do Norte, Europa, da Ásia e da África, tanto em grandes e pequenos formatos.
Sites Pay-to-Click
Além de trabalhar diretamente nos ambientes em que os cliques são gerados em massa, os trabalhadores remotos também participam desse negócio. Na estrutura dos sites Pay-to-Click (PTC), pessoas recebem pagamento para clicar em propagandas e em links que direcionam para outros endereços online.
Essas páginas são feitas apenas para gerar engajamento para ads e tráfego para sites de notícia e blogs, por exemplo. Com esses acessos, as páginas constroem uma maior autoridade na internet e são melhores rankeados em buscadores.
Por meio de pesquisas realizadas pela Cheq Essencials, foi descoberto que durante 2020 os sites PTC pagaram mais de US$ 13 milhões a trabalhadores remotos para gerarem cliques. Muitos dos funcionários receberam cerca de US$ 10 para gerar centenas de engajamentos por dia.
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