sábado, novembro 23, 2024
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Fazenda vê agenda econômica ameaçada após críticas do PT ao centrão e ao “austericídio fiscal“

A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vê ameaças ao avanço da agenda econômica no Congresso após críticas do PT ao centrão e ao que o partido chamou de “austericídio fiscal”.

Parlamentares relataram à CNN, em caráter reservado, que as declarações dos últimos dias não contribuem para o debate de propostas consideradas cruciais para as contas públicas.

Esta é uma semana decisiva para a pauta de Haddad no Legislativo. A poucos dias do início do recesso parlamentar, que começa no dia 22, a Fazenda trabalha para aprovar medidas que têm o potencial de elevar a receita em até R$ 47 bilhões — montante tido como fundamental para alcançar o déficit zero em 2024.

Na manhã desta segunda-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião para tratar da pauta econômica.

Além de Haddad, participaram os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, além dos líderes do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA); na Câmara, José Guimarães (PT-CE); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

Na contramão de Haddad, integrantes da cúpula do PT, entre os quais a presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães, defenderam a ampliação dos gastos do governo no ano que vem. As declarações aconteceram no fim de semana, durante a conferência do partido sobre as eleições municipais.

Durante o evento, a presidente do PT afirmou que se a popularidade de Lula cair, “esse Congresso engole a gente”.

Na sexta-feira (8), o PT aprovou o texto-base de uma resolução política em que diz ser necessário “se libertar” do que chamou de “austerício fiscal”, sem mencionar diretamente a meta de zerar o rombo das contas públicas no próximo ano.

O documento também traz críticas ao centrão, afirmando que o grupo partidos que apoiam o presidente Lula e que têm ministros no governo está “fortalecido pela absurda norma do orçamento impositivo num regime presidencialista” e exerce “influência desmedida sobre o Legislativo e o Executivo, atrasando, constrangendo e até tentando deformar a agenda política vitoriosa na eleição presidencial”.

Via CNN

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