sexta-feira, novembro 22, 2024
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Famoso fóssil de lagarto foi forjado, apontam paleontólogos

Paleontólogos descobriram que um fóssil de lagarto de 280 milhões de anos considerado por décadas como um dos mais bem preservados dos Alpes italianos no período Permiano (entre 299 e 252 milhões de anos atrás) foi forjado. De acordo com a equipe, o que se acreditava ser pele carbonizada era apenas uma impressão de corpo esculpido em forma de lagarto e coberto com tinta preta.

Entenda:

  • Um fóssil de lagarto de 280 milhões de anos – considerado a múmia animal mais antiga já encontrada – possui partes falsificadas;
  • A descoberta foi feita por uma equipe de paleontólogos que buscavam solucionar alguns mistérios sobre o réptil, que nunca havia sido detalhadamente examinado;
  • Como constatado pelos cientistas, o que parecia ser tecido mole era, na verdade, apenas tinta preta feita com ossos de animais;
  • Apesar do tecido artificial, o fóssil não é inteiramente falso: a equipe acredita que os ossos dos membros posteriores e as escamas ósseas sejam genuínas;
  • A descoberta foi publicada na revista Palaeontology.

Descoberto nos Alpes italianos em 1931, o espécime foi denominado cientificamente de Tridentinosaurus antiquus. Considerado a múmia animal mais antiga encontrada até então, o fóssil nunca havia sido detalhadamente examinado. Os cientistas buscavam solucionar alguns mistérios acerca do réptil e descobriram que o que deveria ser tecido mole era tinta feita de ossos de animais. Um artigo foi publicado na revista Palaeontology.

O fóssil não é inteiramente falso

Luz UV mostrou que não havia tecido mole no fóssil. (Imagem: Valentina Rossi, CC BY-NC-ND)

Apesar do tecido criado artificialmente, o espécime não é inteiramente falso. Em um artigo publicado no The Conversation, Valentina Rossi, autora principal do estudo, explica: “Os ossos dos membros posteriores, em especial os fêmures, parecem genuínos. Também encontramos algumas escamas ósseas minúsculas (chamadas osteodermas, como as escamas dos crocodilos) preservadas no que talvez fosse o dorso do animal.”

Valentina ainda diz que as circunstâncias por trás da falsificação permanecem desconhecidas. Porém, sabe-se que ela ocorreu antes de 1959, data da descrição científica oficial do fóssil.

Via Olhar Digital

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