Familiares dos 107 reféns israelenses que continuam presos Faixa de Gaza tentaram cruzar a fronteira nesta quinta-feira, 29, durante um protesto. Eles exigiam um acordo para a libertação dos sequestrados pelo grupo terrorista Hamas.
O evento ocorreu no kibutz Nirim, no sul de Israel, onde manifestantes exibiram fotos e vestiram camisas marcadas com tinta vermelha.
Os participantes do protesto gritaram mensagens de apoio por meio de alto-falantes direcionados para Gaza.
“Hersh, é o papai”, disse Jon Polin, pai de Hersh Goldberg-Polin, refém capturado pelo Hamas em 7 de outubro. “O que você precisa saber, e todos os 107 precisam saber, é que não apenas as famílias aqui hoje e 9 milhões de pessoas deste país, mas pessoas do mundo todo, estão lutando por vocês.”
A mãe de Hersh, Rachel Goldberg, também fez um apelo no microfone: “Nós amamos vocês”, disse. “Fiquem fortes. Sobrevivam.”
Em um momento do protesto, os manifestantes correram em direção à fronteira, mas foram interrompidos pela polícia israelense, que alertou sobre o risco de se tornarem alvos fáceis para os terroristas.
“Estávamos tentando entrar em Gaza para resgatar os reféns, nossos familiares”, declarou Gil Dickmann. A prima dela, Carmel Gat, está em cativeiro.
“Nossos militares nos pararam, estão tentando nos defender e proteger, mas os reféns não estão protegidos lá”, acrescentou Gil. “Temos que assinar um acordo agora e trazer todos os reféns de volta. E estamos dizendo ao nosso primeiro-ministro: se você não puder fazer isso, nós entraremos e os traremos de volta nós mesmos. Traga-os para casa agora.”
Israel foca em Cisjordânia para combater terroristas do Hamas
Mais de dez meses depois do início do conflito na Faixa de Gaza, o Exército de Israel voltou seu foco para a Cisjordânia e iniciou uma grande operação militar nesta quarta-feira, 28.
Segundo autoridades palestinas, dez pessoas morreram durante as ações, que começaram de madrugada.
Israel afirmou que a operação visa eliminar focos de terrorismo no local. Militares israelenses realizaram buscas em quatro cidades da Cisjordânia e em três campos de refugiados que abrigam palestinos deslocados.
No último domingo, 25, o Hamas rejeitou novas condições de cessar-fogo apresentadas por Israel, depois de uma rodada de negociações.