sexta-feira, novembro 22, 2024
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Família de vítima do submarino Titan processa OceanGate e pede indenização de R$ 280 milhões

A família de Paul-Henri Nargeolet, explorador francês morto na implosão do submarino Titan em 2023, processou a OceanGate Expeditions por homicídio culposo. O submersível estava em uma missão para explorar os destroços do Titanic quando a tragédia ocorreu, matando todas as cinco pessoas a bordo.

Nargeolet, conhecido como “Sr. Titanic” por causa de seu extenso conhecimento sobre o navio afundado, foi contratado pela OceanGate para ajudar na jornada. O processo alega que a empresa e seu fundador, Richard Stockton Rush III, também morto no incidente, enganaram Nargeolet sobre a construção do submersível.

Reportagem do jornal The New York Times mostra que o processo, apresentado no condado de King, Washington, afirma que Rush confessou a um “especialista de missão” que havia obtido a fibra de carbono usada no Titan com desconto da Boeing, pois estava fora do prazo de validade para aviões.

Além disso, Rush é acusado de negligência por anunciar falsamente um “ruído crepitante” como um recurso de segurança, quando na verdade era um sinal de falha iminente no casco. A ação busca mais de US$ 50 milhões (cerca de R$ 280 milhões) em indenizações, sendo a primeira contra a OceanGate por causa da implosão.

Suspensão das operações pela OceanGate

A OceanGate Expeditions não respondeu aos pedidos de comentários e afirmou no site que “suspendeu todas as operações de exploração e comerciais”. A família de Nargeolet também não foi contatada.

Em 18 de junho, cerca de 90 minutos depois do início da descida no Oceano Atlântico Norte, o submersível liberou seus pesos — o que indicou o fim da missão. Investigadores determinaram que o casco de fibra de carbono e titânio implodiu sob a pressão do oceano.

Desde o desastre, há um movimento por maior regulamentação internacional para evitar incidentes semelhantes, fechando lacunas exploradas pela OceanGate ao evitar certificações de segurança voluntárias.

Rush ignorou avisos sobre o design do submersível desde 2018. A tripulação assinou termos de responsabilidade ao reconhecer o risco de morte, mas o processo alega que a isenção era insuficiente. “O bom senso mostra que a tripulação estava bem ciente de que iria morrer, antes de morrer”, diz o processo.

Tony Buzbee, advogado da família, declarou: “Esperamos que, por meio desse processo, possamos obter respostas para a família sobre exatamente como isso aconteceu, quem esteve envolvido e como aqueles envolvidos puderam permitir que isso acontecesse”.

Via Revista Oeste

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