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A falha de San Andreas é uma falha geológica que se estende por cerca de 1.290 quilômetros através da Califórnia, nos Estados Unidos. Ela chama a atenção de pesquisadores há anos e já foi retratada em diversos filmes de Hollywood sobre terremotos ou sobre o fim do mundo. Agora, um novo estudo parece ter descoberta novas informações valiosas sobre ela.
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Análise de ondas sísmicas na Falha de San Andreas
Cientistas acreditam que terremotos de magnitude 6 ou ainda mais fortes são causados pela falha há cada 22 anos. No entanto, o último tremor, registrado em 2004, ocorreu depois de um período de 36 anos. Por isso, pesquisadores buscam descobrir novas formas de detectar quando o próximo evento acontecerá.
No mais recente estudo, a equipe analisou dados de ondas sísmicas que antecederam o último terremoto. Eles utilizaram a região de Parkfield como base, já que ela tem “geometria e comportamento muito simples” e é conhecida por ser um segmento de transição, situado entre uma parte da falha onde as placas podem se mover umas contra as outras e uma outra onde elas não podem.
O objetivo era procurar qualquer padrão sobre como as ondas sísmicas causadas por um terremoto perdem energia à medida que viajam pela crosta terrestre nesta região de transição. Esse fenômeno recebe o nome de atenuação.
E parece que eles conseguiram. De acordo com o trabalho, nas seis semanas que antecederam o terremoto de 2004, a perda de energia em ondas sísmicas de baixa frequência aumentou, enquanto diminuiu para ondas de alta frequência. Conhecida como bifurcação, isso provavelmente reflete o que acontece sob a superfície pouco antes de um terremoto, com longas rachaduras se formando e e outras curtas se fechando à medida que o estresse continua a se acumular perto do eventual epicentro.
Prevendo o próximo terremoto
- A partir desta descoberta, os pesquisadores concluíram que um novo terremoto pode acontecer na falha de San Andreas ainda em 2024.
- A equipe afirmou que não conseguiu detectar, até agora, sinais de que Parkfield tenha atingido seu estado crítico.
- Isso indica que um tremor estaria há, pelo menos, seis semanas de distância.
- Mas os próprios cientistas afirmam que só saberão se as conclusões do estudo, que foi publicado na revista Frontiers in Earth Science, estão corretas quando o próximo tremor acontecer.
- Além disso, ainda não se sabe se este mesmo método seria eficaz para prever atividades sísmicas em locais menos remotos, especialmente em grandes cidades.
- As informações são do IFLScience.