“Eu penso que é urgente, inevitável, e é a salvação pro futebol brasileiro. E não digo apenas para o futebol brasileiro, digo para todo o futebol da América Latina e em todo o mundo. Gerir um clube de futebol não é a mesma coisa que gerir uma empresa. Os dirigentes de um clube de futebol estão sujeitos a uma pressão incalculável”, disse Emanuel.
O conceito de fair play financeiro refere-se a um conjunto de normas que visam manter a sustentabilidade dos clubes de futebol, visando melhorar a condição financeira e tornar o mercado mais estável.
Ele também tem como objetivo garantir que os clubes estejam cumprindo suas obrigações financeiras, como pagamentos em dia, mantendo gastos responsáveis e transparentes.
“Tem que haver igualdade para todos. Isso significa que tem que haver níveis, limites para o endividamento dos clubes, porque senão o clube desaparece. Há tantos exemplos de traumas sociais provocados por dirigentes que não conseguiram resistir à vertigem daquela contratação milagrosa, daquela luta insana para conquistar um título”, comentou o CEO da SIGA.
A Lei Geral do Esporte (Lei 14.597) foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano passado.
O artigo 188 da lei diz que “cada organização esportiva de abrangência nacional que administra e regula a respectiva modalidade esportiva deverá criar regulamento de fair play financeiro aplicável no âmbito das competições que promover e ao qual se submeterão as organizações esportivas associadas ou filiadas“.
O regulamento prevê regras sobre:
- limites financeiros para contratação de atletas por temporada;
- garantia de continuidade operacional mediante auditoria externa.
Para Emanuel, a Lei Geral do Esporte possui “um gigantismo que não encontra precedente em nenhum ornamento jurídico internacional”.
“Em defesa do próprio futebol, as organizações competentes têm que criar mecanismos de controle e supervisão financeira”, finalizou.
(sob super00visão de Murillo Grant)