terça-feira, novembro 12, 2024
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Faculdade de Santa Catarina vai importar cadáveres dos EUA

A faculdade de odontologia Face U, localizada na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, anunciou que vai importar cadáveres congelados dos Estados Unidos. A instituição usa os corpos em atividades práticas, que incluem técnicas de harmonização facial.

Os corpos congelados fazem parte da técnica fresh frozen. Trata-se de uma abordagem diferente ao que é feito no Brasil, onde o cadáver é embalsamado em formol.

O Grupo Kefraya é dono da universidade. O conglomerado de educação também administra o Instituto de Treinamento em Cadáveres do Brasil (ITC), que já utiliza corpos frescos em aulas práticas.

As aulas na Face U começam no dia 20 de fevereiro de 2025. Os idealizadores do curso afirmaram que o conteúdo deve unir “função, estética e bem-estar”. O Ministério da Educação informou que autorizou o funcionamento da faculdade em agosto de 2024.

Mohamad Abou Wadi, dentista-cirurgião e fundador do grupo, disse que o curso quer formar profissionais que cuidam do sorriso. Além disso, busca preparar dentistas que proporcionam “harmonia e beleza facial completa”.

O profissional da saúde também disse que o manejo em cadáveres permite aos alunos simularem cirurgias que estão mais próximas da realidade. Além disso, explicou que corpos tratados com formol não conseguem oferecer todas as experiências de estudo, principalmente para o segmento dermatológico.

Mohamad disse que a técnica fresh frozen tem características mais próximas à realidade, como o tecido vivo, a viscosidade e a mobilidade.

“Embora não seja possível observar o resultado completo, como o inchaço e a resposta inflamatória que ocorrem em pacientes vivos”, explicou o dentista. “A técnica oferece uma visão clara de como aplicar de forma segura e eficiente, prevenindo complicações como necrose ou embolia.”

Legislação brasileira não permite a comercialização de cadáveres

Os corpos congelados serão importados dos Estados Unidos. A legislação brasileira, no entanto, não permite a comercialização de órgãos e corpos humanos. Nesse contexto, companhias internacionais oferecem, dentro da regulação, serviço de conservação, armazenamento e transporte dos cadáveres.

As universidades podem encomendar cadáveres específicos para diversas finalidades. Para o curso de odontologia, por exemplo, a faculdade pode pedir um corpo com problemas dentais.



Via Revista Oeste

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