Em setembro de 2025, o ministro Edson Fachin assumirá a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), sucedendo o atual presidente, Luís Roberto Barroso; Alexandre de Moraes será o vice-presidente. Fachin, que é vice-presidente desde 2023, vai liderar a Corte depois do término do mandato de Barroso.
Os mandatos de Fachin e Moraes seguem até 2027. Depois desse período, pela ordem sucessória, Moraes vai assumir a presidência do STF até 2029.
A escolha do presidente é feita por votação entre os ministros, seguindo a tradição de eleger o membro mais antigo que não tenha ocupado o cargo.
O presidente do STF define a pauta do plenário, lida com tarefas administrativas e preside o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que fiscaliza o Judiciário. Esse cargo também representa o tribunal perante outros poderes e autoridades governamentais.
Fachin e Moraes
Edson Fachin, natural de Rondinha (RS), tomou posse como ministro do STF em junho de 2015, indicado pela então presidente Dilma Rousseff (PT). Formado em direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), ele tem doutorado em Direito das relações sociais pela PUC-SP.
Antes de integrar o STF, Fachin foi procurador do Estado do Paraná e professor na UFPR. Como relator, ele lida com casos importantes, como a “uberização”, que discute vínculos trabalhistas entre motoristas e plataformas, e a “ADPF das Favelas”, sobre violência policial no Rio de Janeiro.
Alexandre de Moraes, que assumirá a vice-presidência, nasceu em São Paulo e ingressou no STF em 2017, indicado por Michel Temer (MDB). Moraes já foi ministro da Justiça e secretário de Segurança Pública de São Paulo, é formado em direito pela USP, onde obteve doutorado em direito do Estado.
Moraes está à frente de investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como inquéritos sobre milícias digitais e fake news, além dos casos do 8 de janeiro.