O acidente com o helicóptero que transportava o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, levantou dúvidas sobre o estado da aeronave. A fatalidade ocorreu neste domingo, 19.
O governo iraniano atribuiu a queda a falhas técnicas, agravadas por condições meteorológicas adversas. O helicóptero, fabricado pela empresa norte-americana Bell, não recebe peças sobressalentes desde 1986, conforme especulações da imprensa local.
Em 1986, houve a última troca secreta de peças sobressalentes e reféns entre o Irã e os EUA, com os reféns mantidos por grupos apoiados pelo Irã no Líbano.
De lá para cá, o Irã tem mantido suas aeronaves por meio de contrabando, engenharia reversa e cópias chinesas. A mídia estatal iraniana reportou que o helicóptero caiu em uma região remota, o que demandou uma operação de busca e resgate extensa, dificultada pelo mau tempo e pela neblina densa.
Condições adversas prejudicaram o resgate ao presidente do Irã
A operação de resgate demorou pelo menos 12 horas para ser concluída, em virtude das condições climáticas desfavoráveis, como neblina espessa, previsões de “frio severo” e mais chuva.
A idade avançada do helicóptero e a falta de manutenção adequada são aspectos cruciais nas discussões sobre a segurança da frota aérea iraniana.
Quem era Ebrahim Raisi
Ebrahim Raisi, nascido em 1960, em Mashhad, a segunda maior cidade do Irã e local do santuário xiita mais sagrado do país, enfrenta acusações de ativistas de direitos humanos por seu envolvimento em execuções em massa de prisioneiros políticos durante os anos 1980.
Raisi perdeu seu pai, um clérigo, aos 5 anos. Sua carreira é marcada tanto por sua ascensão política quanto por controvérsias relacionadas ao seu passado.